A política em Borborema anda complexa. Falhas no andamento da CPI que apurava desvio de combustível na Câmara, envolvendo quatro vereadores e dois funcionários, levaram ao arquivamento do relatório, que não foi concluído no prazo certo, e ao fim da comissão.
Por conta disso, na sessão de quarta-feira, 26/10, os vereadores afastados retornariam aos cargos. Mas, para evitar o desgaste da Câmara, às vésperas de um ano eleitoral, os parlamentares consentiram, às pressas, uma nova CPI para averiguar novamente o esquema de desvio de combustível.
Os vereadores que retornariam ao cargo e que agora foram novamente afastados das funções já foram condenados, em maio deste ano, pela justiça por uso impróprio de combustível pago com o dinheiro público. Além de devolverem aos cofres públicos, eles também tiveram os direitos políticos cassados por oito anos. Mas, apelaram da decisão e aguardam o julgamento do processo no Tribunal de Justiça.
Segundo o Ministério Público, entre 2005 e 2006, os vereadores Donizete Agostinho Polimeno, Florisvaldo Pazini, João Batista dos Santos Sobrinho e, o presidente do legislativo à época, o vereador Pedro Pegorim Júnior, abasteceram carros particulares e da Câmara para uso pessoal. No total, eles consumiram mais de R$ 17 mil em combustível. Os funcionários do legislativo condenados na mesma ação são: Luís Antônio de Godoi e Carlos Yroshi Maruyama.
Texto: Com. José Commandini Neto