Ibitinga, Sábado, 18 de Maio de 2024
Como o dióxido de carbono pode reduzir praga nos cafezais?
Destaques positivos no estado de São Paulo são as produções de soja e trigo, que tendem a ter um aumento de 7,6% e 20,7%
Como o dióxido de carbono pode reduzir praga nos cafezais?
Foto: Reprodução/Adriano Veiga /Embrapa

  O Sindicato Rural de Ibitinga com extensão de base em Tabatinga, por intermédio de seu Presidente, Sérgio Quinelato, juntamente com sua Diretoria Executiva, divulga o estudo da Embrapa Meio Ambiente sobre o dióxido de carbono (CO2) reduzir a incidência de praga nos cafezais.

   Segundo o estudo, o aumento da emissão do CO2 reduz a incidência do bicho mineiro, uma das pragas capaz de causar perdas de até 50% das plantações de café no Brasil.

   Os experimentos de tipo Free Air Carbon-dioxide Enrichment (FACE), que é muito utilizado pela Ciência para obtenção de respostas em agroecossistemas naturais intactos, serviram de base para o trabalho, que foi realizado em 2011 e 2015.

   O resultado ainda apontou impactos positivos na altura das plantas, número de folhas e diâmetro do caule, mas nenhum efeito na incidência da ferrugem. O FACE Climapest, idealizado pela então pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Raquel Ghini, com base nesse modelo, foi o primeiro da América Latina e o único no mundo a estudar a cultura do café nesse ambiente, conforme informações do Canal Rural.

   Outro ponto a ser levado em consideração é que poucos estudos consideram o efeito das mudanças climáticas nas plantações. Entretanto, são informações cruciais para apontar estratégias de manejo das culturas no futuro, especialmente em relação ao clima, uma vez que as emissões cumulativas de dióxido de carbono determinarão em grande parte o aquecimento global no final do século XXI.

    “O FACE Climapest proporcionou conhecer o efeito desse aumento no café e em suas principais doenças e pragas, em estudos conduzidos a céu aberto, em condições mais realistas, para entender o efeito do aumento de dióxido de carbono na incidência de pragas e doenças. Experimentos assim requerem estudos que podem levar mais de três anos para plantas perenes, como o café”, explica o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Wagner Bettiol.

Crescimento das plantas nos cafezais

   Ao longo dos três anos de avaliação, o diâmetro dos cafeeiros cultivados sob dióxido de carbono elevado foi de 3% a 12% maior do que os submetidos ao carbono-ambiente em todas as avaliações. O número de folhas apresentou variação ao longo do período, uma vez que foi influenciado por fatores externos, além do dióxido de carbono, como, por exemplo, colheita manual e incidência de pragas.

   “Mesmo assim, das 17 avaliações realizadas, 10 apresentaram maior número de folhas”, explica Regiane Iost, que durante seu mestrado e doutorado na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), participou da condução do experimento.

   A incidência da ferrugem do cafeeiro nos tratamentos com aumento de dióxido de carbono foi baixa e estatisticamente semelhante, nos anos de 2014 e 2015, em função das condições climáticas e da aplicação de fungicidas.

   Por outro lado, a incidência do bicho mineiro foi menor em plantas cultivadas sob o aumento de dióxido de carbono, o que mostrou a mesma tendência apresentada em resultados preliminares conduzidos no FACE Climapest entre 2011 e 2013.

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