O ibitinguense Francis Manzoni lançou, no último dia 31, o livro ‘A criação do Centro Cultural de São Paulo (1975 – 1985)’, em Ibitinga, na FAIBI (Faculdade de Filosofia Ciência e Letras de Ibitinga). O lançamento aconteceu das 20:30 às 21:00 exclusivamente para alunos da faculdade, e às 21:00 horas, para toda a comunidade, com sessão de autógrafos. O livro já teve o seu lançamento em São Paulo, em novembro do ano passado.

    O livro conta como nasceu o espaço com quase 50 mil metros quadrados, inaugurado em 1882, e que é considerado o pioneiro na concepção de um programa multidisciplinar de artes. o projeto começou a ser pensado em plena ditadura militar, em 1973. As propostas iniciais versavam sobre uma Biblioteca Metropolitana, que evoluiu para um centro que abrigava não apenas livros, mas também teatro, música, cinema, dança, artes visuais e algumas novas modalidades que só foram ter uma prática efetiva décadas depois. 

  Em sua pesquisa, o autor encontrou informações que revelaram, que a criação do Centro Cultural de São Paulo (CCSP) se deu em um período, onde as manifestações culturais, por suas características de contestação, eram duramente atingidas por prisões, torturas, exílio e assassinatos. Foi neste contexto que o CCSP foi concebido, em um espaço sem paredes, de acesso livre, com arquitetura semelhante a proposta do local. Exposições de fotografias, de peças cientificas, de textos e obras de artes, fazem parte do cotidiano do local, que é um presente para a sociedade paulistana.

O autor

   Francis Manzoni é pós-graduado em edição de livros, mestre em história pela Unesp e doutor em história pela mesma área na PUC-SP, com passagem pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, na França. Atuou como consultor da área de literatura do Sesc São Paulo e, atualmente, é coordenador editorial nas Edições Sesc. É autor do livro Mercados e feiras livres em São Paulo: 1867 – 1933 (Sesc, 2019).