Ibitinga, Domingo, 06 de Outubro de 2024
Escola Ângelo Martino completou 110 anos
Fundada em 16/04/1914, em Setembro de 1920, escola foi transferida do antigo prédio (esquina da prefeitura) para local atual
Escola Ângelo Martino completou 110 anos

  No último dia 16, a Escola Estadual Ângelo Martino completou 110 anos de fundação. Uma revista, produzida por integrantes da direção, professores, alunos, ex-alunos e colaboradores, foi peça marcante para a comemoração e registro da história de onze décadas.

   A escola ficou de portas abertas, para a população, durante todo o dia, da terça-feira 16.

   Honra ao Mérito

  A escola já foi homenageada, pelo empenho, trabalho e dedicação, que através dos trabalhos de todos os envolvidos, ao longo de décadas, proporcionaram para a sociedade ibitinguense.

  No dia 09 de abril de 2014, a Câmara Municipal de Vereadores, em Sessão Solene, às 20:00 horas, prestou homenagem de Honra ao Mérito, pelo trabalho desenvolvido em prol da educação, e formação dos cidadão ibitinguenses, na Escola Ângelo Martino, ao longo dos seus 100 anos. A homenagem foi recebida no plenário da Câmara pela diretora da escola, na época, Fernanda Sanchez Corrêa, e entregue, pelo presidente da Mesa Diretora da Câmara, naquela ocasião, Dr. Marcel Pinto da Costa.

    A escola 

  Inaugurada como “Grupo Escolar" de Ibitinga, depois “Grupo Escolar “Prof. Ângelo Martino” e hoje “Escola Estadual Prof. Ângelo Martino”, foi instalada em 16 de Abril de 1.914, com 5 classes. Neste primeiro momento, a escola ocupava o estava no prédio do "Paço Municipal", (esquina da Prefeitura).  O seu nome é em homenagem ao primeiro diretor da escola, Ângelo Martino (de Carvalho). Em Setembro de 1.920, o Grupo Escolar foi transferido para o edifício atual, que foi construído para abrigá-lo. 

 

Patrimônio de Ibitinga

Prédio da Escola Professor Ângelo Martino foi tombado e passou a ser patrimônio histórico

    Construída no início do século passado, o prédio da Escola Ângelo Martino foi tombado devido o seu valor histórico, no qual foi reconhecido o valor cultural do patrimônio da educação pública paulista.

       A escola é umas das 126 escolas do estado que representam as primeiras escolas públicas de São Paulo, que fazem parte da história do primeiro plano educacional criado no País, e agora estão protegidas. Em novembro, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo (Condephaat) tombou 126 escolas construídas entre 1890 e 1930, no período da Primeira República. Onze ficam na capital, as restantes estão espalhadas pelo interior, incluindo a escola Ângelo Martino. Desde 1979 o decreto nº 13426 de 16 de março, já tombava 123 escolas, inclusive a de Ibitinga, e de lá para cá a cada prédio tombado no estado, todos os outros são publicados no Diário Oficial, novamente, como aconteceu em 2010, no dia 11 de novembro.

    Segundo o Condephaat, cabe aos administradores das escolas zelar pela conservação física do prédio sem deixar de lado as funções pedagógicas, fazendo com que a escola seja reconhecida como parte do patrimônio cultural da educação pública paulista. O prédio da Escola Ângelo Martino, já foi restaurado e alguns itens da sua estrutura recolocados, como o chão, de madeira, que em uma reforma antes do tombamento, foi trocado por piso, mas, teve que voltar a ser o que era, como também as portas, de madeiras maciças, de aproximadamente 2 metros de altura.

A construção

     Em 1919, durante uma fase de incremento das edificações escolares, o governo de São Paulo determinou através da lei nº 1692 de 18 de dezembro de 1919, a construção de várias escolas do interior. Entre os municípios escolhidos, diversos eram construídos com a mesma planta, todos influenciados pela arquitetura européia. O prédio da escola Ângelo Martino, foi idêntico aos das escolas dos municípios de Aparecida, Santa Adélia, Altinópolis, Angatuba, e Mogi Mirim. Todas estas cidades inauguraram, na época os seus Grupos escolares em prédios idênticos. O projeto para os Grupos escolares destas cidades foram idealizados por César Marchisio, um arquiteto que esteve a frente da Diretoria de Obras do Estado no início do período republicano. Marchisio foi responsável por diversos prédios em todo estado. Basicamente todas as obras que sediaram os Grupos escolares foram projetadas com um aspecto parecido: planta quadrada, com pátio interno, para o qual se vêem voltadas todas as circulações do edifício.

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