Após investigar o caso do cãozinho supostamente enterrado por 12 horas, a Polícia Civil de Novo Horizonte (113 km de Bauru) afirma que a hipótese mais provável é que a história seja diferente.
De acordo com o delegado Luiz Fernando Calmon Ribeiro, foram ouvidas diversas pessoas durante a investigação, e a suspeita de que o animal tenha sido enterrado ainda não se confirmou. O delegado, no entanto, ainda aguarda a conclusão de um laudo para encerrar o caso e encaminhar a investigação para a Justiça.
A história do salvamento do animal ganhou destaque há duas semanas, quando ele foi resgatado pelo vice-presidente da Associação Mão Amiga, Alexandre Rodrigues, após uma denúncia de maus-tratos.
De acordo com Marco Antônio Rodrigues, presidente da entidade, o suspeito alegou que o cão havia fugido. Em conversas, porém, vizinhos disseram suspeitar que o homem havia enterrado o filhote, pois já havia feito isso com outro cão.
O vira-lata de quatro meses, que recebeu o nome de Titã, só foi encontrado na manhã seguinte. O defensor de animais voltou à casa do suspeito, percebeu uma porção de terra remexida, e encontrou o bicho.
Convocado pela polícia, o aposentado Orlando Santos, 59 anos, negou ter enterrado o cachorro. “Ele estava deitado lá dentro. Eu mexia, mexia com ele, e então falei: ‘está morto’. Peguei bastante galho de mandioca, quebrei e joguei em cima”, disse à TV Record.
No depoimento à polícia, o aposentado disse que está debilitado - teve câncer na garganta e tuberculose -, tem dificuldade para andar, e que por isso não dava tanta atenção ao filhote.
Um perito do Instituto de Criminalística prepara um laudo sobre o caso. Ele esteve na casa do aposentado e mediu um buraco no local onde Titã foi achado. Comparado com o tamanho do filhote, é pouco provável que ele coubesse dentro. Ele também analisou o corpo do animal e não encontrou vestígios de terra nas vias respiratórias.
fonte: Jc Net