Ibitinga, Domingo, 20 de Abril de 2025
Letramento Racial: Reflexões sobre a Cultura Afro-brasileira
Auditório do CREA Ibitinga sediou palestra sobre questões que cercam o combate do racismo na sociedade brasileira
Letramento Racial: Reflexões sobre a Cultura Afro-brasileira

  No último dia 28, Ibitinga sediou uma palestra sobre Letramento Racial, promovida pelo Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC), por meio da APPRECABA (Associação para Preservação, Resistência e Resgate da Cultura Afro-brasileira de Araraquara), Agentes Territoriais de Cultura e o Coletivo NegrAtivo. O evento ocorreu nas dependências do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) de Ibitinga.

  A palestra contou com a participação de Alessandra Laurindo, Coordenadora Executiva do PNCC, e Jeferson, Assessor de Comunicação do programa, que também é produtor cultural, músico e promotor de eventos. Ambos compartilharam suas experiências e destacaram a importância do letramento racial na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

   Entre os presentes, esteve o vereador Mira, que prestigiou o evento. A condução da palestra ficou a cargo de Thiago Morais Alves, bacharelando em Administração Pública e Direito, ativista do movimento negro e ex-membro da equipe do Centro de Referência Afro “Mestre Jorge”.

   Durante a palestra, Thiago abordou, de forma prática e acessível, os diferentes tipos de racismo, promovendo uma troca enriquecedora com os participantes, baseada em experiências vivenciadas ao longo de sua trajetória.

   Para Larissa Alves Jardim, atual presidente do Coletivo NegrAtivo, a formação em letramento racial foi um ato de reafirmação, resistência e compromisso com uma cidade que precisa, urgentemente, olhar para suas próprias feridas.

   "Essa formação nasce do entendimento de que o combate ao racismo não pode ser uma conversa isolada ou uma publicação no Instagram. Precisamos tensionar, provocar, educar e, principalmente, construir pontes para que todas as pessoas compreendam o quanto o racismo estrutura e limita vidas", afirmou Larissa.

   O encontro foi pensado como um espaço de escuta, troca e aprendizado coletivo. "Nosso objetivo não é só apontar o problema, mas convocar toda a comunidade para ser parte da solução. Porque uma cidade que ignora o racismo, ignora a sua população", complementou.

   Segundo Thiago Morais Alves, palestrante e Agente Territorial de Cultura, "o letramento racial tem a capacidade de dialogar com a diversidade educacional, alcançando desde jovens a idosos. Ele possibilita o acesso ao conhecimento e ao desenvolvimento de ferramentas que permitam identificar o racismo e suas formas no cotidiano, entendendo a necessidade de que esse combate aconteça nos 365 dias do ano", ressaltou.

   O evento reforçou a necessidade de um compromisso coletivo no combate ao racismo e na construção de uma sociedade mais equitativa. A iniciativa do letramento racial não se encerra em uma palestra, mas deve ser contínua, permeando escolas, instituições e o cotidiano da comunidade. Somente com educação e diálogo será possível transformar realidades e garantir um futuro mais justo para todos.

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