Um levantamento simplificado e inédito está sendo feito, em Ibitinga, para obter informações referente a vida, economia, idade, identidade de gênero, desafios, referências religiosas, entre outras informações, de pessoas pretas ou pardas. A coleta de dados, está sendo feita através de um formulário, no site da prefeitura, até o dia 1º de setembro.
O levantamento está obtendo informações, com diretrizes da Secretaria de Desenvolvimento Social de Ibitinga, através da Coordenadoria de Equidade Racial, criada em 2025.
De acordo com o coordenador da Coordenadoria de Equidade Racial, Dr. Lucas dos Santos de Oliveira as informações ajudarão a criar o ‘Plano de Igualdade Racial’.
“Esse plano visa combater o racismo e atender as demandas dessa população, através de políticas públicas”, explicou Dr. Lucas. “A escuta social surge através da necessidade de realizar um levantamento de dados para coletar informações sociais-demográficas, a fim de coletar as demandas da população negra, como moradia, saúde, segurança, entre outras coisas”, explicou Lucas.
Passos para o futuro
No início de 2023, Ibitinga aderiu ao Programa Cidades Antirracistas, do Ministério Público de São Paulo. Ainda, a Lei nº 5.519, de 28 de junho de 2023, determinou a criação do Conselho Municipal de Promoção da Equidade Racial de Ibitinga (COMPER).
Agora em 2025, Ibitinga deu um novo passo, com a criação da Coordenadoria de Equidade Racial, que está realizando o levantamento de informações sobre a população preta e parda, em Ibitinga.
Lutas já caminhadas
Em 2022, uma Audiência Pública, na Câmara de Vereadores, de Ibitinga, debateu sobre o racismo estrutural, presente na sociedade. O evento, organizado pelo Ministério Público de Ibitinga, reuniu populares, autoridade, líderes da comunidade e representantes do Poder Executivo e Poder Legislativo, além de membros dos grupos ‘NegroAtivo’, ‘Ponto do Vale’, ‘ONG Imagine’ e ‘Multiverso’. Membros da Associação de Capoeira ‘Sol da Liberdade’, e o grupo musical JDRR, também se apresentaram no plenário.
De tudo que eram solicitados na época; criação de um conselho (COMPER) e um órgão municipal (Coordenadoria de Equidade Racial), hoje já estabelecidos, só falta o ‘Plano Municipal de Igualdade Racial’, que poderá ser realizado, com os dados da ‘Escuta Social’, realizadas até o próximo dia 1º.