A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promoveu, nesta quinta-feira (04), em Ibitinga, região central do estado, a 12ª audiência pública do Orçamento 2026. O encontro, realizado pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP), reuniu moradores, autoridades locais e, também, representantes de cidades próximas, como Borborema, Itápolis, Fernando Prestes, Tabatinga, Cândido Rodrigues e Ipiguá.
As principais demandas apresentadas envolveram melhorias na rede pública de saúde, ampliação da frota de veículos para transporte de pacientes, recursos para a causa animal, investimentos em escolas, reformas de equipamentos públicos e infraestrutura urbana.
Transporte e unidades de saúde
A vereadora de Ibitinga Allyni Sartori reforçou os pedidos por melhorias no setor, com a renovação da frota de veículos da saúde e a implantação de um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) na cidade.
Já o vice-presidente da Câmara Municipal, José Aparecido da Rocha, cobrou mais investimentos em medicamentos de alto custo e na locomoção de pacientes: "As filas para exames e a falta de remédios são pontos sensíveis que precisam ser enfrentados."
O presidente da Câmara, Antônio Esmael Alves de Mira, também pediu reforço em segurança pública, relatando que as atuais instalações não comportam adequadamente as polícias Civil e Militar no município.
Pleito por hemodiálise
O prefeito de Ibitinga, Florisvaldo Antônio Fiorentino, destacou a situação de pacientes renais crônicos na microrregião. Segundo ele, entre 50 e 60 moradores dependem do tratamento e enfrentam longas viagens em veículos inadequados para realizar hemodiálise em outras cidades. "É um pleito antigo e nobre que Ibitinga possa sediar uma unidade de hemodiálise. Queremos prioridade para dar acessibilidade e dignidade a esses pacientes", afirmou.
Causa animal
Representando a ONG Resgatos, Liliane Vieira Sbroion defendeu a destinação de recursos para políticas públicas de proteção animal. "Precisamos de um núcleo da Guarda Municipal voltado para o resgate e cuidados, além da ampliação da castração, especialmente de machos, e da microchipagem. A falta de suporte do Poder Público nos deixa de mãos atadas diante do sofrimento dos animais", afirmou.
Outras demandas regionais
De Adolfo, o vereador Cesarr Digoiais solicitou recursos para a reforma do velório municipal. "Está em condições precárias, sem ar-condicionado e sem a manutenção adequada. É um desrespeito às famílias que merecem um espaço digno para se despedir de seus entes queridos", disse.
Morador de Ibitinga, Jairo de Souza chamou atenção para a destinação dos resíduos têxteis da cidade, considerada a "capital nacional do bordado". Ele defendeu a criação de uma cooperativa para dar destino correto aos rejeitos e gerar empregos. "Nossos córregos estão poluídos. Ibitinga depende do bordado e não podemos perder competitividade por falta de estrutura para lidar com esse problema", ressaltou.
Recursos garantidos
A Comissão de Finanças da Alesp dispõe de recursos próprios no Orçamento estadual destinados às regiões-sede das audiências públicas. Nesta sexta-feira, os deputados Gilmaci Santos (Republicanos), presidente da Comissão; Enio Tatto (PT) e Luiz Cláudio Marcolino (PT) anunciaram R$ 300 mil para a compra de carros para a saúde de Ibitinga. Também confirmaram recursos para Borborema, Itápolis, Fernando Prestes, Tabatinga, Cândido Rodrigues e Ipiguá, no valor de R$ 100 mil cada para a área da saúde. Por fim, anunciaram repasse de R$ 150 mil para a reforma do velório da cidade de Adolfo.
A medida - que ressalta o dinamismo, comprometimento com a população e importância das audiências públicas a cada ano que passa - tem a chancela do presidente do Parlamento Paulista, o deputado André do Prado. Os valores serão votados ao final do ano pelo Plenário da Alesp e repassados oficialmente em 2026.
O Orçamento
Entre os meses de agosto, setembro e outubro, os deputados integrantes da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Alesp viajarão 30 cidades de diferentes regiões do Estado para consultar, diretamente com os cidadãos, quais são as principais demandas dos municípios paulistas.
Todo o trabalho produzido durante esses encontros será incorporado à Lei Orçamentária Anual (LOA). Esse documento prevê a arrecadação estadual e fixa as despesas do ano seguinte. Dessa forma, é o instrumento pelo qual são previstos e planejados os investimentos em diversas áreas, como Saúde, Educação, Segurança Pública, entre outras.
Fonte: Assessoria de Imprensa da ALESP