Ibitinga, Sábado, 18 de Janeiro de 2025
Cidades assistem ao avanço do crack
Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta nível alto de consumo de crack em várias cidades da região

  A situação da cracolândia em São Paulo, discutida intensamente nas últimas semanas, mostra que os municípios precisam colocar de vez o enfrentamento as drogas como prioridade no desenvolvimento de políticas públicas de segurança, educação, assistência social e cidadania.

  O que a capital paulista vive é o mais drástico exemplo das consequências do consumo do crack no país, mas isso não significa que o interior esteja imune ao problema. Um estudo divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) no final de 2011 revela a presença da droga na maioria das cidades da microrregião de Araraquara. 

  A pesquisa aponta que as cidades de Boa Esperança do Sul, Ribeirão Bonito, Américo Brasiliense e Rincão apresentam nível alto na questão do consumo. Por conta disso, o instituto revela que essas cidades enfrentam problemas com o crack e precisam, imediatamente, desenvolver políticas públicas de combate e prevenção.

  Outro agravante é a ausência dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), referência no  atendimento clínico à população e aptos a desenvolver o processo de reinserção social dos usuários. Os CAPS têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira e substitui, por exemplo, o trabalho realizado pelo Hospital Psiquiátrico Caibar Schutel, em Araraquara, no tratamento de dependentes químicos na rede pública.

  O levantamento da CNM pesquisou 552 municípios paulistas, num total de 645. Dos municípios pesquisados, 505 foram considerados problemáticos na questão do consumo de drogas.

 

Falta de informação dificulta ações

 

  Os municípios apontados com nível alto de consumo afirmam que ainda não tiveram acesso ao estudo desenvolvido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Os critérios utilizados no levantamento também não foram divulgados. Ademir Gouvêa (PT), prefeito de Américo Brasiliense, afirmou  que reconhece o problema, porém ainda não teve acesso aos resultados do estudo. “Fiquei sabendo agora desse levantamento e ainda não tive conhecimento sobre os detalhes da pesquisa. Entretanto, sabemos  que o crack tem avançado muito no país, especialmente entre os jovens, e as pequenas cidades também são afetadas. Vamos dialogar com as autoridades policiais para controlar esse avanço”, afirmou Gouvêa. 

  Para auxiliar os municípios, a CNM lançou o “Observatório do Crack”, uma página para navegação virtual onde, além da avaliação da situação em todos os municípios pesquisados, ainda disponibiliza uma série de estudos sobre experiências bem sucedidas desenvolvidas em algumas cidades brasileiras no combate às drogas. No Estado de São Paulo, o município de Piratininga é apontado como exemplo de boas práticas no combate às drogas.

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