O Tribunal de Justiça condenou o hipermercado Walmart a pagar indenização de R$ 7 mil a uma gerente que foi parada por seguranças e acusada de furto porque o alarme da loja apitou quando ela saía da loja.

  "O caso é de 2005 e apenas agora tivemos uma resposta da Justiça. Foi registrado boletim de ocorrência na época e a minha cliente também tinha testemunhas", diz o advogado Diego Gonçalves de Abreu.
Márcia Maria Besteti trabalha como gerente em uma loja de roupas em um shopping. Ela foi até o Walmart comprar produtos de higiene pessoal e aproveitou para adquirir um bicho de pelúcia. Ela passou pelo caixa e quando foi sair do hipermercado o alarme apitou.

  "Os seguranças me mandaram parar, tiraram a sacola da minha mão e jogaram o que estava dentro no chão. Todo mundo que estava na loja parou para ver", afirma a gerente.
Segundo ela, os seguranças disseram que ela precisava passar por uma revista pessoal. Márcia se negou e se dirigiu ao caixa para pedir a nota das compras, porque na confusão não percebeu o comprovante no fundo da sacolinha.

  "A moça não queria rebobinar o caixa. Enquanto isto eles rasgaram os sabonetes, rasgaram o bicho de pelúcia e descobriram o alarme dentro do brinquedo. Ao mesmo tempo achei a nota fiscal no fundo da sacola", diz Marcia.
Desde então, Márcia diz que desde o fato ficou abalada emocionalmente.

  "Na época, eu passei três dias internada e até hoje tomo remédio para dormir. Não consigo entrar sossegada em loja que tem alarmes", afirma. Márcia salienta que não faz questão do dinheiro, mas acredita que a sentença da Justiça pode fazer com que outras pessoas deixem de ser abordadas com truculência.

  "Quando o alarme apitar a pessoa deve ser abordada, mas com educação, no oculto, ela não precisa ser exposta".

  A assessoria de imprensa do Walmart informou por nota que não vai recorrer da decisão.

Fonte: A Cidade