Rio de Janeiro, ano de 1889, apenas um ano após a abolição da escravatura do Brasil, e ainda o cenário político nacional permanecia em ebulição. A trajetória da história do Brasil foi mudada com a Proclamação da República. A Proclamação foi conduzida pelo Marechal Teodoro da Fonseca, o mais ilustre militar daquela época. A data entra para história para marcar o fim da monarquia brasileira, estabelecendo um governo provisório e o decreto número um anunciava a República.
Devidos as frequentes séries de fatos, o império Brasileiro foi perdendo o apoio e o prestígio nas classes sociais, militares e também econômicas. Parte dos fazendeiros decidiu não apoiar a República por não serem indenizados com a abolição dos escravos, pois além do prejuízo com a perda dos escravos, tiveram que contratar mão de obra. A população já estava na casa de dez milhões de habitantes, e foram libertados 700 mil escravos, sendo que na contra mão dos acontecimentos mundiais, o Brasil era o último país do mundo a abolir a escravatura. Mas os problemas da Corte também se aplicavam em outros setores da sociedade, como o comprometimento do desenvolvimento do país, elevados índices de miséria e analfabetismo, afastamento comerciais de diversos países, inclusive do continente americano, e o fim do apoio de grupos conservadores e de religiosos, como a Igreja Católica.
Antes do Brasil se tornar República foi governado por D. Pedro II, que se manteve no poder absoluto por 49 anos. A idéia de fato a conspirar para derrubar a monarquia, foi de Benjamim Constant. Convencido por Constant, Marechal Dedo-duro concordou com o tal ato de 11 de novembro. Foi difícil convencê-lo, pois Marechal era amigo de D. Pedro II. A nova República constituiu-se da seguinte forma: Marechal Deodoro da Fonseca como presidente. Floriano Peixoto como vice- presidente e como ministros, Benjamim Constant, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo Demétrio Ri-beiro e o, almirante Eduardo Wandenkolk.
Na manhã de 15 de Novembro de 1889, Deodoro, à frente de um batalhão, marchou para o ministério da Guerra e declarou o fim do período imperial e o início do período Republicano. Dom Pedro II, o imperador da época, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de Janeiro revolucionários era apenas substituir o Ministério. No dia seguinte, foi-lhe entregue um comunicado sobre a Proclamação e solicitando sua partida para o exterior. Entre 1889 e 1930, o governo foi uma democracia constitucional e a presidência alternava entre os estados dominantes da época: São Paulo e Minas Gerais.