Após dois anos e meio de sua inauguração e dez anos depois do lançamento de sua pedra fundamental, a unidade da Fundação para o Remédio Popular (Furp) de Américo Brasiliense finalmente deu início à tão esperada produção de medicamentos. O primeiro fármaco a ser produzido no local é o Captopril, utilizado no tratamento de hipertensão.
Neste primeiro momento, serão produzidos 60 milhões de unidades do medicamento em uma das linhas de produção da fábrica. O lote teve início em janeiro e deve ser finalizado em abril. O medicamento atenderá aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, a demanda do medicamento Captopril no Estado de São Paulo chegou a 450 milhões de unidades.
Segundo o diretor Industrial da Furp, Adivar Cristina, após esse primeiro lote, o objetivo é manter a produção durante todo o ano de 2012. "Vamos trabalhar em parceria com a unidade de Guarulhos, para atendermos à população que depende do SUS", ressalta.
Na sequência
Após o início da produção do Captopril, o próximo medicamento a entrar no processo produtivo da unidade é o Digoxina, usado no tratamento de insuficiência cardíaca, seguindo as normas regulamentadoras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Fundação deve ainda atender às exigências do órgão para então iniciar a produção comercial desse medicamento. Todas as etapas obedecem às normas regulatórias da agência, o que, segundo a Fundação, é comum no setor de fabricação de medicamentos.
Em julho de 2011, a unidade recebeu a certificação de Boas Práticas de Fabricação. A licença foi cedida pelo cumprimento de todos os requisitos na área farmacêutica. Com essa certificação, a fábrica está apta a produzir e a comercializar os produtos.
A Furp de Américo Brasiliense foi inaugurada em julho de 2009, mas começou a ser idealizada há mais de dez anos. Há anos seu funcionamento tem gerado expectativa entre os moradores da cidade e da região, principalmente nos que foram aprovados em concurso público e aguardam ser chamados para as vagas de trabalho.
Com investimentos de R$ 190 milhões, o local tem área de 268 mil metros quadrados, sendo 27 mil metros de área construída e deverá produzir 21,6 milhões de ampolas e 1,2 bilhão de comprimidos por ano.
Fonte: Araraquara.com