O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) de Ribeirão Preto vai investir R$ 400 mil no monitoramento eletrônico do Aquífero Guarani. Um dos aspectos da pesquisa é observar o nível de rebaixamento do aquífero, a qualidade da água e sua idade em pelo menos 12 poços da cidade.
A pesquisa terá dois anos de duração e vai utiliza softwares de gerenciamento de informação geográfica e medidores de nível de água, pH, temperatura e condutividade elétrica.
As informações serão armazenadas pelo Sistema de Informação do Aquífero Guarani e utilizadas no controle de perfuração de poços destinados à exploração das águas para abastecimento público.
O diretor regional do DAEE em Ribeirão Preto, Carlos Nascimento Alencastre, afirma que várias pesquisas já foram feitas por doutorandos de universidades da cidade, mas que é necessário uma medição constante dos poços.
"Depois dos dois anos da pesquisa, queremos dar continuidade a esses trabalhos, além de poder comprovar o que as estudos anteriores apontaram, como esse aprofundamento de 40 a 60 metros do aquífero, além de observar a velocidade que ele está ocorrendo", afirma Alencastre.
O diretor diz que seis poços serão fixos, os outros serão definidos com o auxílio de um geólogo. "Vamos nos reunir com o Daerp para decidir quais serão esses poços, a intenção é que eles abranjam toda a região do aquífero, um desses locais precisa ser na área de recarga", explica.
O trabalho será realizado em parceria com a Fundag (Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola) - voltada à inovação e implementação do agronegócio nacional - e conta com financiamento do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos).
De acordo com Alencastre, parte dos equipamentos já foram comprados e uma equipe técnica também já está montada.
"A pesquisa deve ser iniciada nos próximos dias. O Daerp precisa entregar as chaves dos poços que foram escolhidos e onde esse monitoramento deve ser constante", explica Alencastre.
Ainda não existe previsão para divulgação dos primeiros dados.
A Cidade