Falta de manutenção nos trilhos, passagens de nível sem estrutura, além do não cumprimento de um acordo, levaram a Justiça Federal a determinar que os trens deixem de circular na região Centro-Oeste Paulista. Se não cumprir a determinação, a empresa será multada em R$ 100 por dia.
Basta uma notificação para que os trens parem de trafegar por 32 municípios da região de Bauru. Por meio de uma liminar foi determinada a suspensão do transporte ferroviário de cargas. É que a concessionária responsável não estaria cumprindo o acordo estabelecido com o Ministério Público Federal (MPF), que prevê a recuperação de malhas e cancelas.
O principal motivo foi o número de acidentes, principalmente, de descarrilamentos de vagões. No relatório, MPF aponta trechos mais críticos como Bauru-Pederneiras e Bauru-Promissão. Segundo a Justiça Federal, nessa história toda de problemas na malha ferroviária, faltou comprometimento também da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da própria união, que não fiscalizaram e nem avançaram na aprovação de projetos para reestruturar e evitar acidentes nos trechos que cortam as cidades.
Nenhuma das duas partes foi incluída na ação, mas a Justiça aguarda que elas se manifestem. O que mais preocupa é a falta de estrutura nas passagens de nível, mas a concessionária responsável disse que já tem propostas para resolver o problema e que aguarda apenas uma resposta da ANTT.
Para o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul, neste “empurra-empurra” de vagões, quem perde é a população.
Assim que for notificada, a concessionária terá 5 dias para suspender o tráfego de trens na região. A empresa informou que ainda não foi notificada, mas que vem cumprindo o acordo judicial e que eventuais divergências poderão ser corrigidas.
G1