Levantamento do Sindicato da Polícia Civil de Ribeirão Preto (Sinpol) aponta que só 15% dos crimes praticados na cidade são resolvidos. Segundo o sindicato, a dificuldade está na falta de policiais.
"Nosso índice de resolução criminal é baixo porque não temos funcionários. Crimes contra o patrimônio, roubos e furtos são aqueles que têm menos resolução", afirmou Eumauri Lúcio da Mata, vice-presidente do Sinpol.
Ribeirão registrou, nos cinco primeiros meses do ano, 10.620 crimes, entre homicídios, roubos, furtos, lesões corporais e acidentes de trânsito, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Isto significa uma média de 70 crimes por dia. Para solucionar todos esses crimes, a polícia civil conta com um efetivo de 126 investigadores.
"O investigador tem que pegar o boletim e ir até a casa da vítima para saber o que aconteceu. Hoje, são tantos casos que raramente o investigador consegue fazer isso, e a população se sente cada vez mais insegura", afirmou Mata.
O policial disse que, na década de 1990, quando ele trabalhava no 1º Distrito Policial, havia 14 investigadores para solucionar uma média de oito ocorrências por dia. Hoje, segundo ele, o 1º DP tem metade dos investigadores. "É humanamente impossível trabalhar com esse número de funcionários", lamentou.
Segundo Mata, há, no total, 42 delegados, 82 escrivães, 126 investigadores, nove agentes e 41 carcereiros distribuídos em 8 Distritos Policiais da cidade, três delegacias especiais (Dise/DIG/DDM), plantões policiais e Delegacia Seccional.
"O ideal seria termos mais 20 delegados, 60 escrivães, 100 investigadores e 20 agentes para conseguirmos dar uma resposta mais eficiente para a população", afirmou.
Ele se baseia numa antiga resolução da Secretaria de Segurança Pública sobre o número ideal de policiais civis em cada Distrito Policial. Mas a norma foi extinta. "Extinguiram porque não conseguiam cumprir o que determinava a lei", disse o sindicalista.
A Cidade