Ibitinga, Sexta, 17 de Janeiro de 2025
Só 15% dos casos têm solução, diz Sinpol
Sindicato dos policiais civis diz que o contingente que atua em Ribeirão Preto é muito inferior ao ideal

Levantamento do Sindicato da Polícia Civil de Ribeirão Preto (Sinpol) aponta que só 15% dos crimes praticados na cidade são resolvidos. Segundo o sindicato, a dificuldade está na falta de policiais.
"Nosso índice de resolução criminal é baixo porque não temos funcionários. Crimes contra o patrimônio, roubos e furtos são aqueles que têm menos resolução", afirmou Eumauri Lúcio da Mata, vice-presidente do Sinpol.

Ribeirão registrou, nos cinco primeiros meses do ano, 10.620 crimes, entre homicídios, roubos, furtos, lesões corporais e acidentes de trânsito, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. 
Isto significa uma média de 70 crimes por dia. Para solucionar todos esses crimes, a polícia civil conta com um efetivo de 126 investigadores.

"O investigador tem que pegar o boletim e ir até a casa da vítima para saber o que aconteceu. Hoje, são tantos casos que raramente o investigador consegue fazer isso, e a população se sente cada vez mais insegura", afirmou Mata.

O policial disse que, na década de 1990, quando ele trabalhava no 1º Distrito Policial, havia 14 investigadores para solucionar uma média de oito ocorrências por dia. Hoje, segundo ele, o 1º DP tem metade dos investigadores. "É humanamente impossível trabalhar com esse número de funcionários", lamentou.

Segundo Mata, há, no total, 42 delegados, 82 escrivães, 126 investigadores, nove agentes e 41 carcereiros distribuídos em 8 Distritos Policiais da cidade, três delegacias especiais (Dise/DIG/DDM), plantões policiais e Delegacia Seccional.

"O ideal seria termos mais 20 delegados, 60 escrivães, 100 investigadores e 20 agentes para conseguirmos dar uma resposta mais eficiente para a população", afirmou.

Ele se baseia numa antiga resolução da Secretaria de Segurança Pública sobre o número ideal de policiais civis em cada Distrito Policial. Mas a norma foi extinta. "Extinguiram porque não conseguiam cumprir o que determinava a lei", disse o sindicalista.

A Cidade

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