A Polícia Civil em Itápolis (365 km de São Paulo) investiga a morte de uma menina de dez meses dentro de uma creche clandestina da cidade. O bebê morreu na última segunda-feira (23) sob os cuidados de uma suposta babá, que, segundo a prefeitura, mantinha a creche sem alvará de funcionamento e cobrava mensalidade de R$ 350 por criança. A prefeitura não soube informar quantas crianças ficavam no local.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, acionado para socorrer o bebê, o marido da babá contou que a menina tomou leite e foi colocada para dormir em um berço. “Quando a mulher que cuida das crianças foi ver se estava tudo bem, percebeu que a menina não estava mais respirando”, informou um bombeiro que preferiu não se identificar.
O bebê foi levado para o hospital municipal, mas não resistiu. Ainda segundo o bombeiro, a principal suspeita é de que a menina tenha se afogado com o próprio leite. O corpo dela foi sepultado na manhã dessa terça-feira (24).
De acordo com a delegada Cyntia Lepes Santiago, o caso está sendo investigado como morte suspeita, e o inquérito deve ficar pronto em 30 dias, junto com o laudo que indicará a causa da morte.
O pai da criança, Alessandro da Silva, 30, já foi ouvido pela delegada. “Ouvi o pai do bebê e agora estou aguardando o laudo. Ainda é muito cedo para culpar alguém. Não posso afirmar que houve negligência”, disse a delegada.
A Prefeitura de Itápolis informou não ter conhecimento que o local funcionava como creche e ressaltou que o município tem 40 mil habitantes e conta com nove escolas públicas de educação infantil, além das particulares.
A prefeitura orienta que antes de matricularem os filhos em qualquer estabelecimento, os pais devem procurar referências e principalmente se certificar de que o local possui alvará de funcionamento.
A reportagem do UOL procurou a suposta babá, mas foi informada pelos bombeiros de que ela está internada, em estado de choque. A assessoria da prefeitura informou que uma equipe de fiscais esteve no local na tarde de terça-feira, mas ninguém foi encontrado.
UOL