Ibitinga, Segunda, 21 de Abril de 2025
Polícia Civil investiga suposto furto de ovo de urubu-rei em Leme, SP
Ovo da ave desapareceu há seis dias de recinto no Parque Ecológico. Espécie, que é até 3 vezes maior que as comuns, é ameaçada de extinção

  A Polícia Civil vai investigar o suposto furto de um ovo de urubu-rei do Parque Ecológico Mourão, em Leme (SP). O ovo desapareceu no dia 29 de agosto, quando faltavam apenas dois dias para a ave, que é ameaçada de extinção, nascer.

  O ovo desapareceu dentro de um recinto cercado por muros e telas no parque. Segundo funcionários, as aves atacavam para proteger o ovo e era preciso colocar uma escada para ver de cima a ave chocando.

  O tratador Dorival Gutzlaf era o único responsável por limpar o lugar e alimentar as aves, mas quando chegou para trabalhar de manhã percebeu que o portão estava destrancado e o cadeado havia sumido. “Eu chamei o técnico para dar uma olhada e viu que o ovo não estava mais lá”, disse.

No local, não foi encontrado nenhum vestígio da casca e nem do filhote. A direção suspeitou de furto e registrou um boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial.

O ovo tem 15 centímetros e é quatro vezes maior do que de uma galinha. A fêmea só bota de quatro em quatro anos e, por isso, a reprodução em cativeiro é tão difícil.

O urubu rei, o maior e mais colorido da espécie, é uma ave típica da América Latina que está ameaçada de extinção. Ele tem até três vezes o tamanho das espécies mais comuns. O casal do parque já teve um filhote, que permanece no recinto.

O biólogo Edilson José Guerra explicou que no estágio em que o ovo foi roubado poderia terminar de ser chocado em uma incubadora. “É o único urubu brasileiro cuja população é ameaçada pela degradação do meio ambiente. Como é uma ave bela, muito bonita, é muito cobiçada pelo traficante. É uma ave rara e a gente sabe que quanto mais rara maior é o seu valor de mercado”, disse.

A polícia já ouvi os funcionários do parque e ainda não tem nenhum suspeito.  Segundo o Ibama, caçar, apanhar, utilizar espécies da fauna silvestre nativa ou em rota migratória sem a devida permissão é crime. A pena varia de seis meses a um ano de prisão e multa.

Outro caso
Em junho, um casal de urubus da mesma espécie foi furtado do Parque do Sabiá em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

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