Uma mulher identificada como Taciana Aparecida Gibelli, que completaria 33 anos hoje, foi encontrada carbonizada na entrada de uma mata próxima a Rua São José do Rio Preto, no Parque Gramado, em Araraquara. Quem descobriu o corpo, na manhã desta quarta-feira, foi o aposentado Ananias Antônio Silva, de 60 anos, que mora próximo e tinha levado o cavalo para pastar por ali.
"Há cinco anos trago o meu cavalo aqui. Hoje cheguei e vi o mato queimado, diferente de como estava ontem. Cheguei perto e achei a mulher morta", conta o aposentado que ficou assustado e chamou alguns amigos para comprovar e, depois, acionou a polícia. Segundo Cristiane Aparecida Ferreira, 38, tia da jovem, ela deixou a cadeia há dois meses. "Ela morava na rua e eu criava a filha dela que tem dez anos", conta a tia lembrando que Taciana foi detida anteriormente por furto e uso de drogas.
Junto com o corpo havia uma bolsa de crochê e uma sacolinha com pente e creme dental, alguns dos objetos pessoais da jovem na vida tumultuada da rua. A vítima estava enrolada em um cobertor. A ação criminosa é conhecida pelos policiais como micro-ondas, justamente pelo fato do corpo ser abafado pelo calor. Foi de maneira semelhante, porém, queimado com pneus, que morreu, em 2002, no Rio de Janeiro, o jornalista Tim Lopes.
Em Araraquara, um mecânico de 34 anos, que mora próximo e não quis se identificar, viu no final da noite de ontem uma fumaça saindo do local onde a jovem foi assassinada. Ele, no entanto, não estranhou o fato por acreditar ser uma queimada urbana. A dona de casa Joelma Benedito Gonçalves, 34, não viu nada de diferente em frente a sua casa e ficou assustada com a movimentação. Na entrada da mata, há postes de iluminação que estão sem lâmpadas o que facilitaria usar o espaço como esconderijo.
A PM acredita que a mulher tenha sido carregada por duas ou mais pessoas que teriam usado uma cadeira de madeira como maca para facilitar o transporte. O caso está sendo tratado como homicídio e encontro de cadáver.
A Cidade