"O Fusion não tem nenhuma peça do carro anterior", resume Antonio Baltar, gerente de marketing da Ford do Brasil. "Ele é resultado da junção das plataformas do antigo Fusion e do Mondeo. Com essa nova plataforma, serão produzidos 1,3 milhão de carros globais", acrescenta.

O lançamento será por partes. A versão mostrada, a 2.0 AWD, terá pré-lançamento no Salão de São Paulo, com pré-venda até fevereiro. Já a 2.5 flex chega em março, junto com a 2.0 FWD. A híbrida tem estreia marcada para abril.

Sobre a versão híbrida, ela também vem para substituir a que já era vendida no mercado brasileiro. A Ford não mudou a estratégia, mas aproveitou para reforçar o lado "ecológico" impulsionado no país com o novo regime automotivo. "Agora com o novo regime automotivo, será importante, pela questão da economia de combustível", diz Antonio Baltar. "Os concorrentes mostraram híbridos e elétricos em salões, mas só nós vendemos", ressalta o gerente de marketing.

Principais mudanças
As principais mudanças visuais são a grade dianteira anabolizada, seguindo a nova identidade de modelos Ford, faróis afilados e lanternas agora no topo da carroceria. O modelo será vendido em 160 países.

Na mecânica, uma das grandes novidades é o motor da família EcoBoost, pela primeira vez ofertada no mercado brasileiro: um bloco 2.0 16V turbo movido a gasolina. "O objetivo do Fusion no Brasil é disputar uma vaga na garagem de quem tem R$ 100 mil [para gastar com um carro]", explica Baltar.

Seguindo a tendência de motores menores e mais potentes, ele desenvolve 240 cavalos de potência a 5.500 rpm e possui torque de 34,7 kgfm, substituindo o volumoso 3.0 V6 (243 cv e 30,8 kgfm) com a promessa de mais desempenho e menos consumo.Dados da Ford apontam que o motor EcoBoost GTDI 2.0 faz 8,1 km/l em ciclo urbano e 10,9 km/l na estrada. A média é de 9,1 km/l.Veja ao lado vídeo do carro no Salão de Detroit, em janeiro.

Mesma potência do motor 3.0
De acordo com a fabricante, esse propulsor confere o mesmo nível de potência do bloco 3.0, porém, consome 15% menos de combustível e gera 15% menos emissões de CO2. A opção, porém, é reservada para a versão topo de linha, Titanium, que também traz tração integral (AWD) - a expectativa é de mais opções para o mercado brasileiro.

O câmbio é automático, de seis marchas, com opção de trocas manuais por meio de borboletas (paddle shift). Os freios contam com sistema ABS e a direção é elétrica. O carro mede 4,87 m de comprimento, 1,91 m de largura e 1,48 m de altura e tem 2,85 de distância entre-eixos. O porta-malas tem capacidade para 453 litros. Segundo a Ford, tais medidas proporcionam 972 cm de espaço para as pernas nos bancos traseiros e 1,12 m nos bancos dianteiros. Para o quadril, há espaço de1,38 m nos bancos traseiros e de 1,39 m no dianteiro.

As cores disponíveis para o mercado brasileiro são: vermelho, preto, cinza, prata, azul e branco - mais pedida na pré-venda no Estados Unidos, informa Baltar.

Internamente, Baltar destaca no conjunto os bancos em couro com aquecimento, acesso ao porta-malas pelo banco e 10 posições para dirigir, sendo 3 delas memorizáveis.