O exame realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) revelou lesão no ânus da paciente que alega ter sido estuprada por um auxiliar de enfermagem dentro de um hospital particular de Ibitinga (90 quilômetros de Bauru). De acordo com a Polícia Civil, contudo, o resultado não foi conclusivo e a comprovação de eventual conjunção carnal dependerá de um exame complementar.
Conforme divulgado, o suposto estupro teria ocorrido no dia 12 de maio. No dia seguinte, Márcio Leandro Moretto, delegado da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), instaurou inquérito para apurar o caso. Sem revelar o nome dos envolvidos, ele contou que a mulher estava internada no hospital e fazia uso de medicamentos quando o suposto crime ocorreu.
“Ela teria acordado e encontrado o enfermeiro com as calças abaixadas”, diz. “Num primeiro momento, ela alega que acordou, ficou espantada com a situação e achou que a pessoa estivesse daquele jeito porque fosse tentar alguma coisa com ela. Depois, na hora em que passou o efeito da medicação, ela falou que começou a sentir dor no ânus e achou que algo pudesse ter acontecido”.
A Polícia Civil foi comunicada e a mulher realizou exame de corpo de delito no IML. Segundo o delegado, o resultado foi divulgado ontem e, apesar de não ser conclusivo, apontou existência de lesão no ânus dela. “Esse laudo encontrou uma lesão, mas para confirmar a origem dela o médico legista solicitou exame complementar”, explica. “Foi coletado material e esse material foi encaminhado para laboratório”.
O exame complementar, que é realizado no IML em São Paulo, deverá ficar pronto nos próximos dias, de acordo com Moretto, e é capaz de detectar vestígios de esperma na mulher. O vestuário dela também foi encaminhado para perícia. Além desse caso, a DDM investiga se uma segunda mulher foi vítima de abuso sexual cometido pelo mesmo auxiliar de enfermagem há cerca de quatro anos.
Na ocasião, ela estava internada no mesmo hospital e fazia uso de calmantes. A suposta vítima disse ao delegado que, durante a noite, um vulto aproximou-se dela, abaixou a sua calça e colocou o dedo com lubrificante no seu ânus. Em seguida, segundo a mulher, a pessoa levantou a calça dela, aplicou uma medicação e ela perdeu os sentidos. Se os crimes forem comprovados, Moretto não descarta pedir a prisão preventiva do auxiliar de enfermagem.
JcNet