Na quarta-feira 16, a terra tremeu em Ibirá, cidade próxima a Catanduva (SP). O tremor assustou cerca de 11 mil moradores da cidade. Há casas com rachaduras. O primeiro abalo foi sentido por volta do meio-dia. Três horas depois a terra voltou a tremer.
Segundo funcionários da Prefeitura da cidade, algunas casa tiveram grandes rachaduras, e que o tremor foi sentido em toda a cidade. A princípio, a população achou que o chão tremeu devido a uma explosão na caldeira de uma usina de açúcar e álcool. A explosão de um botijão de gás também foi admitida e, em seguida, descartada. "Não foi nada disso (explosão), a usina fica a uns dez quilômetros da cidade", contou o servidor municipal.
Não foi a primeira vez que a terra tremeu em Ibirá. Há cerca de cinco meses foi registrado um abalo, confirmado pela Unesp (Universidade Estadual Paulista). Geólogos do Departamento de Geologia da Unesp, em São José do Rio Preto, estão conferindo se os abalos de ontem foram registrados pela estação sismográfica da Universidade.
Acomodação de rochas
De acordo com entrevista do Jornal Bom Dia, o professor João Carlos Dourado, coordenador do Departamento de Geologia da Unesp de Rio Claro, declarou que os tremores como o que aconteceu em Ibirá, são provocados por acomodações de rochas no subsolo devido ao calor gerado pelo núcleo da terra.
Ele afirma que a estação sismológica de Rio Claro, que é de extrema sensibilidade, não captou o tremor, o que leva a crer que o abalo registrado foi de intensidade de dois graus na escala Richter, considerado fraco e sem riscos para os moradores.
Segundo o professor, este tipo de fenômeno é comum em cidades do interior de São Paulo. Nos últimos dez anos, abalos foram registrados em Rio Preto, Limeira, Itirapina, Ibitinga e Ibirá. “Pelo menos quatro tremores são registrados por ano no Interior”.