Três policiais militares e dois traficantes de Taquaritinga foram presos no último fim de semana depois de uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), núcleo Ribeirão Preto, em conjunto com a Promotoria Criminal de Taquaritinga.
Um tenente e o líder dos traficantes da quadrilha já haviam sido presos em maio deste ano.
Esquema do tráfico
Segundo o promotor criminal do Gaeco, Rodrigo Lopes, os três policiais militares (um sargento e dois soldados) ajudavam o tenente a desviar drogas de ocorrências policiais.
O tenente repassava os entorpecentes apreendidos para o líder dos traficantes, conhecido como Cesinha ou Alemão, e a droga era vendida em Taquaritinga.
“O Cesinha, a mando do tenente, encomendava drogas de traficantes de outras cidades da região. Quando esses traficantes chegavam à Taquaritinga para entregar a droga, eles eram abordados pelos policiais envolvidos no esquema criminoso. Parte da droga era apresentada na delegacia e parte era desviada, segundo as provas coletadas nas investigações”, afirma o promotor criminal.
De acordo com Rodrigo Lopes, não há suspeita de envolvimento de outras pessoas no esquema dos policias e traficantes que foram presos.
Os policiais militares foram levados para o presídio militar Romão Gomes, na capital paulista.
O promotor não soube informar para onde os traficantes foram encaminhados após a prisão.
Todos os presos responderão por tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico.
A operação do Gaeco em Taquaritinga contou com o apoio das Polícias Civil e Militar.
Líderes da quadrilha foram presos em maio
No dia 31 de maio, um tenente da Polícia Militar e o traficante Cesinha foram presos em Taquaritinga. A partir daí, as investigações do Ministério Público prosseguiram e culminaram na prisão de outros cinco envolvidos no esquema.
“No dia 10 de julho, oferecemos a denúncia pelo Gaeco e pedimos a prisão preventiva de outras pessoas.
Três outros policiais tiveram o mandado cumprido na sexta pela PM. E outras duas pessoas foram presas pela Civil no sábado”, afirma o promotor Rodrigo Lopes.
Segundo o promotor, Cesinha não tinha passagem por tráfico, devido à proteção que recebia dos policiais.
O traficante respondia em liberdade por porte ilegal de arma.
A Cidade