Ibitinga, Segunda, 21 de Abril de 2025
Situação de UTI em Santa Casa será debatida em audiência em Itápolis
Câmara convocará prefeitura, médicos e diretoria regional de saúde. Administrador do hospital não confirma possível fechamento do setor

A Câmara Municipal de Itápolis (SP) vai debater na sexta-feira (30), às 19h30, as condições da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa da cidade. Além disso, situação de trabalho dos profissionais da unidade também estará na pauta da sessão. Médicos, representantes da prefeitura e do Departamento Regional de Saúde serão convocados para esclarecer sobre o fechamento ou não da UTI.

O administrador da Santa Casa, Pedro Luiz Cyrino, não confirma o fechamento da ala e diz que existe uma escala de médicos 24 horas no local. “Isso não vai fechar a UTI. Ela não será fechada, mas sim, ampliada. Nós temos dois médicos clínicos gerais que atendem o Pronto-Atendimento e a UTI. Tem uma escala e eles cumprem os horários nos dois setores”,

Pedro também afirma que o problema da Santa Casa é financeiro e que 219 funcionários ainda não receberam o 13° salário do ano passado. A dívida total do hospital chega a R$ 8 milhões. Um dos problemas é a defasagem no repasse da tabela Sistema Única de Saúde (SUS). E o que mais pesa é a despesa com a UTI.

Atualmente, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Itápolis tem quatro leitos. Cada paciente que fica internado custa aos cofres do hospital cerca de R$ 900 por dia. No entanto, o SUS só repassa a metade do valor, em média, R$ 480. Mesmo assim, o administrador do hospital avisa que o local será ampliado. “A intenção é ampliar a UTI de quatro para 10 leitos. Estamos aguardando os recursos para fazer a ampliação”, completa Cyrino.

O poder Legislativo também acompanha o caso de Andréia Silveira, que perdeu o bebê quando deu entrada na Santa Casa em trabalho de parto. No prontuário médico, a indicação é que ela teve um aborto. Já a família acusa o hospital de negligência médica, registrou um boletim de ocorrência e a polícia está investigando o caso. A dona de casa Aparecida Inácio da Silveira, mãe de Andréia, conta que o médico de plantão não fez o parto porque tinha ido a um velório. “Ele não quis fazer porque ele tinha um velório para ir. Era muito importante o velório para ele do que fazer uma cesariana, por uma vida no mundo”.

 A morte do bebê de Andréia não é um caso isolado. Médicos que trabalham no hospital procuraram a Câmara para denunciar a falta de profissionais na UTI e um possível fechamento do local. “Eles nos informaram que, além das questões estruturais internas da Santa Casa, teria o problema com a UTI, onde ela deixaria de ser intensiva. Fecharíamos a UTI da nossa cidade”, diz o presidente da Câmara, Guto Biella.

Para tentar reverter à situação financeira do hospital, a Santa Casa inicia a partir de 1º de setembro uma campanha com a comunidade para arrecadar dinheiro. A intenção é pedir autorização dos contribuintes para incluir na conta de água valores de R$ 3 a R$ 5, que serão doados todos os meses ao hospital. O valor só será acrescentado na conta se a pessoa autorizar. A doação de R$ 100 pela Câmara para o hospital também deverá ser debatida.

G1

 

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