O sonho de tornar-se uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014 pode fazer Araraquara deixar de lado uma de suas maiores “rivalidades”. Em entrevista ao “Jornal Regional”, da Jovem Pan, ontem, Eneida Miranda de Toledo, coordenadora executiva de Comércio, Turismo e Serviços, e presidente da empresa que administra a Arena, admitiu a possibilidade de buscar parcerias em cidades vizinhas, como São Carlos e Ribeirão Preto.

“Realmente temos problemas com a rede hoteleira, mas isso não deve ser problema. Temos um hotel que foi recentemente inaugurado em Araraquara [Othon]. Para trazer a Copa para o município, podemos mobilizar cidades importantes da nossa região, como São Carlos e Ribeirão Preto. O retorno financeiro seria ótimo para todos”, afirmou Eneida.

A afirmação da coordenadora veio no dia seguinte ao anúncio do Comitê Organizador Local (COL) do catálogo final dos Centros de Treinamento e das cidades finalistas que serão sugeridas às seleções para tornarem-se subsede do Mundial. 

Já em entrevista à Tribuna, ela afirmou que os contatos com as seleções da Arábia Saudita, Japão e Portugal foram feitos por meio do Comitê Paulista, criado para fazer a ligação entre as cidades com as seleções. “O Comitê recebe as solicitações dos países e repassa para as cidades que se enquadram no perfil que as seleções estão procurando”, explica.

A parceria com cidades da região poderia resolver um dos problemas que mais ameaçam a cidade: a rede hoteleira. Procurado pela reportagem, o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) admitiu, inclusive, um contato direto com a Confederação Brasileira de Futebol. “Nós estamos em contato com a própria CBF; mandamos um pedido ao presidente com os dados de Araraquara e toda estrutura que podemos oferecer”, diz.

A reabertura do Aeroporto Bartholomeu de Gusmão, que volta a funcionar com voos da Azul no mês que vem, traz com ela uma esperança. “Isso aumenta e muito nossas chances”, conta o prefeito, sem deixar de lado a realidade difícil de competir com outros 82 candidatos. “Quem vai escolher são as próprias seleções. Estamos tentando de tudo, mas vai ser difícil”, finaliza. (Tribuna Impressa)