A Polícia Federal de Araraquara prendeu, na manhã de ontem, um professor de 57 anos suspeito de fazer parte de uma rede internacional de pedofilia.
O homem, que leciona em uma escola da rede estadual de ensino e mora na cidade de Ibaté, foi preso enquanto saia de casa, no Jardim Popular.
De acordo com o delegado federal Jackson Gonçalves, responsável pela operação, a investigação teve início há três anos, depois que a ONG Safernet, da Capital, que visa a combater crimes digitais, denunciou ao Ministério Público e à Polícia Federal a postagem de fotografias sobre pornografia infantil numa rede social.
Ao assumir as investigações, a unidade da PF de Araraquara rastreou a rede de computadores e conseguiu chegar até o computador que estaria na moradia do professor.
A prisão
A ação teve início por volta das 9h30 e durou pouco mais de uma hora. Após receber a ordem judicial, o professor permitiu a entrada dos federais, que passaram a fazer busca no interior da moradia.
Na casa do professor, foram apreendidos uma câmera fotográfica, um HD, três pen drives e CDs com fotos e vídeos de pornografia infantil. As imagens teriam sido postadas de Ibaté para outros computadores da capital paulista e para o exterior.
O professor, algemado e preso em flagrante pelo crime de pedofilia, foi levado para a Delegacia de Polícia Federal de Araraquara, onde o mesmo prestou esclarecimentos sobre seu envolvimento com uma rede mundial de pedofilia.
Em seguida, o homem foi levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Serra Azul, na região de Ribeirão Preto, local especializado em abrigar presos que cometeram crimes sexuais.
De acordo com a PF, peritos criminais federais vão avaliar as fotos e os materiais apreendidos na moradia do professor. O objetivo é saber se as mesmas foram feitas pelo suspeito na cidade de Ibaté ou se foram reproduzidas nas redes sociais. O processo que corre em segredo de Justiça envolve outras pessoas na capital paulista.
Para o delegado Gonçalves, há evidencias de que o professor produzia material com crianças e adolescentes. “A perícia vai fazer uma análise do material apreendido e, a partir daí, podem ser iniciadas novas investigações. Não há denúncia particular, nem da escola, nem de vítimas”, afirmou Gonçalves. (com EPTV e Tribuna Impressa)