O Rio Tietê, na região de Jaú, permanecia ontem com poluentes em suspensão em trecho extenso de sua margem esquerda, a partir de Pederneiras e até a represa da hidrelétrica de Bariri. O material exala forte odor e a origem ainda não foi identificada.
A Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) de São Paulo solicitou parecer ao escritório regional do órgão em Bauru, mas até o fechamento desta edição o relatório não havia sido divulgado.
O problema teve início há cerca de 20 dias, aproximadamente. O poluente se assemelha a camada de lodo, de cor acinzentada. Há possibilidade de que seja a decomposição de material orgânico, conforme o Instituto Ambiental Ecovida, de Itapuí.
A entidade recebeu reclamações de pescadores e proprietários de imóveis próximos da margem do rio, a partir do fim da última semana. No feriado do dia 1º novos relatos foram feitos.
De acordo com o presidente do Ecovida, José Vitor Ficcio, a falta de chuva nas últimas semanas pode ter favorecido a concentração do material. “Todos os fins de ano, com o calor, é comum ter alguma situação parecida, mas neste ano está muito forte”, declara.
O instituto vai levar o caso ao Ministério Público e pedir intervenção para tentar identificar se o fenômeno pode ter sido causado pela ação humana.
Em anos anteriores houve morte de algas na região a partir do início do verão, nas duas margens do rio, mas o material originado não tinha odor fétido e era esverdeado, diferentemente do que se encontrou nas últimas semanas
Comércio do Jahu