Ibitinga, Domingo, 20 de Abril de 2025
Calor aumenta risco de afogamento
Para evitar este tipo de acidente, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros recomendam que a atenção seja redobrada em rios, cachoeiras e piscinas

A chegada do Ano-Novo, somada as altas temperaturas, faz com que muitas famílias se reúnam em ranchos e chácaras com piscinas ou recorram a rios, represas e cachoeiras para aproveitar o feriado prolongado, o que aumenta o risco de afogamento. No feriado de Natal, duas pessoas morreram afogadas na região (leia mais abaixo). Para evitar este tipo de acidente, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros recomendam atenção redobrada.

Cidades banhadas pelo rio Tietê, como Iacanga, Itapuí e Arealva, que têm as prainhas como pontos turísticos, costumam atrair muitas pessoas nesta época. O mesmo ocorre com municípios como Botucatu, Dois Córregos, Bocaina, Brotas e Torrinha, que concentram grande número de cachoeiras.

Em Botucatu (100 quilômetros de Bauru), foi lançada recentemente a operação “Viva Verão” com objetivo de prevenir casos de afogamento. A iniciativa é da Defesa Civil Municipal e conta com apoio do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Além da entrega de panfletos com dicas sobre como evitar este tipo de acidente, durante a campanha, serão instaladas placas de advertência em locais de risco, como cachoeiras e bairros como o Rio Bonito e a Mina. O tema também será discutido nas escolas por meio de palestras.

A coordenadora do Samu local, Priscila Vieira de Almeida, revela que o órgão atendeu seis vítimas de afogamento neste ano, a maioria em cachoeiras. “Trata-se de vítimas jovens em situação de lazer e que, normalmente, não seguem normas de segurança estabelecidas e acabam excedendo os limites permitidos”, diz.

Dicas

Para que diversão não se transforme em tragédia, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros alertam sobre o perigo da mistura entre álcool e água e orientam os banhistas a não nadarem sozinhos, não mergulharem de cabeça, usarem colete salva-vidas, acompanharem de perto as crianças e evitarem lugares profundos.

Afogamentos

Na madrugada do dia 25, um menino de dois anos aproveitou alguns minutos de descuido da família e pulou na piscina de uma chácara na zona rural de Ibitinga (90 quilômetros de Bauru). Quando o pai retirou o filho da água, ele já estava desacordado. Uma enfermeira ainda tentou reanimá-lo, mas ele já estava morto.

Na tarde do dia 28, Bruno Henrique Pinheiro, 17 anos, morreu afogado em uma cachoeira do rio Pardo, na zona rural de Botucatu. A vítima sabia nadar e afundou após atravessar o lago formado pela queda d’água. O corpo dele foi resgatado pelos bombeiros a cerca de 12 metros de profundidade.


Raio X do afogamento

Segundo levantamento recente divulgado pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), em 2012, 6.369 pessoas morreram afogadas no Brasil, uma média de 18 por dia. A maioria dos óbitos (46%) ocorreu em águas naturais, como canais, rios, lagos e praias. As mortes em piscinas representaram 2,4% dos casos.

O estudo mostrou ainda que, no mesmo ano, o afogamento foi a 2ª causa de óbito entre 1 e 9 anos, a 3ª causa na faixa de 10 a 19 anos e a 4ª causa na faixa de 20 a 25 anos e que 51% das vítimas tinham até 29 anos.

JcNet

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