Ibitinga, Quinta, 25 de Abril de 2024
Ministério da Agricultura prevê safra menor para o milho
Preço do milho incentiva produtores rurais com plantios de outras culturas

  A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previu colheita total de milho (safras verão e segunda safra) 19,1% menor no país, em relação à 2014/15, com 68,4 milhões de toneladas. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o produtor rural que trabalhar sobre a retenção, projetando ganhos no mercado, poderá ver esse método frustrado, pois o cálculo de estoque de passagem do cereal é de 4,47 milhões de toneladas para 31 de janeiro de 2017.

  A estimativa é que, apesar de o milho ter alcançado níveis recordes de preço na comparação com os dois últimos anos — chegando a ser travado para entrega futura a R$ 36,50 a saca —, a cultura deve encontrar estabilidade com uma safra de verão maior.

  Segundo o técnico agrícola do Sindicato Rural de Ibitinga e extensão de base em Tabatinga, Valdecir Vasconcelos, há corretores travando a este preço, no Posto de Campinas, o que é considerado excelente. “Para se ter ideia, a saca do milho já chegou a ser vendida a R$ 18,00. A cultura registrou alguns anos com rentabilidade muito baixa, mas agora pode ser considerada boa, por volta de 30%”, afirmou o técnico.

  Para o MAPA, depois da queda de entrada de safra, a cotação pode recuperar um pouco, mas não voltará mais para o nível anterior, o preço terá uma estabilidade. 

Substituição pela soja

  Com o preço variando entre R$ 70,00 e R$ 73,00 a saca, muitos produtores tem optado por ampliar o plantio da soja por causa da sua rentabilidade. O proprietário do Sítio Santa Cruz,  Nélson De Santis,  trabalha com a cultura do milho há 15 anos e pela falta de retorno nos últimos anos optou pela cultura da soja. “Como não tivemos tantos resultados com o cultivo do milho, que tem um custo de manutenção caro e registrou queda no preço, optamos pela soja, que nos garante uma melhor perspectiva e maior produtividade”, relatou o produtor.

   Nelson de Santis salientou que nos momentos difíceis no cultivo de uma cultura é necessário manter a calma e criar novas estratégias.  “Não podemos parar é preciso ter pensamento positivo e criar uma nova rota”, concluiu.

  Segundo o técnico do Sindicato Rural, Valdecir Vasconcelos, os problemas enfrentados com a rentabilidade baixa nos últimos anos levaram muitos produtores a se especializar na soja, porém, a cultura do milho já registrou recuperação na safra 2015/2016. “Como o risco de perder a soja por causa da estiagem é menor do que na cultura do milho, e a rentabilidade do grão é boa, muitos optaram pela substituição, mas é uma cultura diferente e exige técnica mais apurada par o cultivo. São muitos fatores que envolvem a questão do preço, como a produção nos EUA e a ação do El Niño. É uma aposta”, destacou o técnico agrícola. 

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