A apreensão de seis toneladas de maconha feita pela Força Tática em Botucatu (SP) foi a maior do ano na cidade, segundo dados da Polícia Militar. A droga estava escondida na carroceria de um caminhão com placas de Cuiabá (MT) em meio uma carga de soja a granel.
Além dos tijolos de maconha, foram apreendidas também porções de skank e haxixe. O veículo seguia pela Rodovia Marechal Rondon quando foi abordado pelos policiais militares que voltavam de um ronda de rotina em São Manuel na manhã de domingo (8).
“A gente ultrapassou o caminhão, paramos na praça de pedágio e aguardamos pra observar melhor. Ele, ao perceber a nossa presença no pedágio, demonstrou total nervosismo e optamos pela abordagem. Inicialmente ele nos contou que transportava soja. Mas, quando iniciamos a revista mais criteriosa, ele confessou que desconhecia o que tinha no interior da carga”, explica o tenente Fernando Luiz Malagutte.
Durante a revista, os policiais encontraram centenas de pacotes com drogas escondidos embaixo da carga de soja. “Se não fosse o nervosismo do motorista, talvez passaria batido, porque a soja estava a granel, o que dificulta bastante a localização do entorpecente”, completa o tenente.
O motorista, um homem de 50 anos, sem passagem pela polícia, disse em depoimento que receberia R$ 10 mil para transportar a droga de Nova Bandeirantes (MT) onde o caminhão foi carregado até São Paulo. Ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas, e encaminhado à cadeia de Itatinga. Se condenado, pode pegar de cinco a quinze anos de prisão.
O que chamou a atenção, além da quantidade de drogas, é a organização: isso porque algumas embalagens, estavam identificadas com letras ou siglas. Letra "S", indica que o material iria pra zona sul, a letra "L", que o material iria pra zona leste. Uma grande quantidade de drogas, dividida entre vários compradores.
O material apreendido, foi levado ao plantão da Polícia Civil em Botucatu. “Tendo em vista a grande quantidade de entorpecente, tudo indica que seriam diversos compradores. É um impacto é bastante grande aí para os traficantes”, explica o delegado Celso Olindo.
G1