No dia 23, com início às 9:00 horas, aconteceu a primeira reunião do processo de elaboração do Plano de Manejo, da APA (Área de Proteção Ambiental) de Ibitinga. O evento reuniu produtores rurais, líderes de empresas e representantes de intuições; além de cidadãos do município.  

   Da Fundação Florestal, compareceram; a Gestora da Unidade de Conservação da APA de Ibitinga, Pâmela Gabriel Guandalini, junto com Aleph Palma e Suelem França, do Núcleo do Plano de Manejo, e o gerente regional da fundação, Carlos Beduchi.

  Uma atividade de tentar mapear as características do município foi realizada, em grupos. Ainda uma exposição de todos os trabalhos e os objetivos, foi explanada pelos representantes da Fundação Florestal.

   A próxima atividade do Plano de Manejo da APA de Ibitinga será no dia 11 de dezembro, quando acontecerá a 'oficina de zoneamento'.

“Vamos trabalhar neste período, atualizando o diagnóstico, trabalhando no zoneamento. No dia 11 de dezembro, vamos voltar pra cá, apresentar a proposta de zoneamento e trabalhar com vocês, para melhorar essa proposta”, explicou Aleph Palma.

 A ideia é identificar todas as características do município, para delimitar a nova APA, que atualmente se registrou toda a cidade.

Sobre o Plano Diretor

  “Não atrapalha. A nossa diretriz é considerar os regramentos já existentes para fazer a proposta de zoneamento, não vai entrar em conflito. De maneira contrária. A gente busca a convergência entre em questões territoriais”, explicou Palma. Atualmente, o Plano Diretor da cidade está em construção. Nele, serão observadas a área urbana, e quais áreas devem receber mais cuidados, e como serão distribuídos os setores da cidade para a sua manutenção e expansão. O Plano Diretor (que não está sendo tratado no Plano de Manejo) está sendo elaborado por uma empresa, a mando da prefeitura.

Na área Rural

   Quem define o que é rural e urbano, é o Plano Diretor do município. “Nós não entramos nesse mérito, e nem sobre a questão de regrar o uso do solo. O que a gente vai fazer é regrar e mitigar os impactos aos atributos da APA Ibitinga”, disse Palma. 

Ocupação do Solo

  “Não vamos colocar regras para o uso de ocupação e atividades que podem ou não ser realizadas, vamos migrar os impactos que são provenientes dessas atividades que existem. Para isso vamos ouvir sugestão, de onde estão às áreas frágeis, os fragmentos de vegetação, onde estão às áreas positivas, e assim a gente vai mapear para propor zonas e cada zona tem um objetivo diferente, e uma normativa diferente quanto a restrição e não restrição; mas normativas diferentes quanto a mitigação dos impactos”, explicou Palma.

   Em Ibitinga, o cuidado é maior, em comparação a outros municípios, quando se trata de áreas de proteção.  “Aqui tem uma recomendação o ao proprietário, para que ele recupere ambientalmente, se adere ao PRA (Plano de Recuperação Ambiental e ao CAR (Cadastro Ambiental Rural)”, explicou.

 No tocante de possível reflorestamento de áreas degradadas, os representantes da Fundação Florestal acreditam que não haverá uma 'obrigação', mas sim uma 'recomendação'.

 “Vão ter recomendação o ao proprietário para que ele recupere essas áreas degradadas. Isso vai ser identificado e vai estar no mapa onde são essas áreas”, explicou Palma, quando o Plano de Manejo estiver pronto.

O Outro Lado

 “O problema é o que vai ser utilizado com as restrições, e o que vai ser feito nesse Plano de Manejo, é que a grande preocupação da sociedade, seja ela rural ou urbano é – vai restringir as atividades econômicas? Vai proibir alguma coisa? É isso que a gente tem de preocupação no Plano de Manejo”, explicou Frauzo Ruiz Sanchez, Secretário de Meio Ambiente de Ibitinga, Delegado do Sindicato Rural  e produtor rural.