O tempo seco na região vem acarretando o aumento do consumo de água em pelo menos duas cidades, Américo Brasiliense e Matão, e, como consequência disso, está colocando os sistemas de abastecimento de ambas no limite.

  Em Matão, as bombas dos 19 poços do município estão trabalhando três horas a mais que o normal porque a população está consumindo 30% a mais que os costumeiros 15 milhões de litros de água diários.

   De acordo com Luiz Gonzaga Bussola, para conseguir extrair toda a água necessária, as bombas trabalham 15 horas por dia. "Porém, com esse aumento de 30% em dias secos, elevamos também a carga horária em mais três horas."

   O superintendente explica ainda que a Companhia de Água e Esgoto de Matão (Caema) reforça que, se não chover em 15 dias, haverá racionamento, com suspensão do abastecimento das 13 às 16 horas para recuperação dos poços.

Adensamento

   Em Américo Brasiliense, o aumento de consumo não ultrapassa os 5%, mas a cidade trabalha no limite do abastecimento há anos por conta do crescimento populacional e às condições limitadas do sistema. Por isso, há baixa e até falta de água constante na cidade. "Américo cresceu muito, mas o abastecimento não foi ampliado", explica Júlio Perroni, diretor do Departamento de Água, Esgotos e Meio Ambiente (Daema).

    Atualmente, a cidade consome 11 milhões de litros por dia, mas a capacidade de produção é 8,5 milhões de litros. "Alguns dos dez poços trabalham até 22 horas por dia, mas ainda assim, temos queda no volume de água ou desabastecimento."

Mesmo com proibição, ainda há desperdício

   Em Américo Brasiliense e Matão há lei que proíbe o desperdício de água e prevê a aplicação de multas. Mesmo assim, há aumento de consumo. ‘Aqui, nem realizamos mais campanhas, pois, quando falamos que vai faltar água, a população fica com receio de haver racionamento e começa a armazenar. Aí, gastam ainda mais’, diz Júlio Perroni, diretor do Departamento de Água, Esgotos e Meio Ambiente de Américo.

Eu vi

   Aqui no bairro, pelo menos duas semanas por ano, sofremos com desabastecimento e diminuição do volume de água. Por isso, lavamos o quintal e tudo o mais com balde para não aumentar o consumo. Muitos não têm consciência e lavam todos os dias suas calçadas e carros. Paulo Sérgio Bueno (Morador do bairro Santa Terezinha/Américo) .

Fonte: Araraquara.com