O Sindicato Rural de Ibitinga com extensão de base em Tabatinga, por intermédio de seu Presidente, Sérgio Quinelato, juntamente com sua Diretoria Executiva, divulga uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais sobre o feijão ser um aliado na luta contra a obesidade. A matéria foi publicada originalmente pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP).
A pesquisa revelou que cortar esse alimento da dieta, que é rico em proteínas, em minerais, como ferro, além de vitaminas e fibras, pode aumentar em 20% a chance de desenvolver obesidade, e, em 10%, a de excesso de peso.
Por outro lado, o estudo apontou que o consumo regular, em cinco ou mais dias da semana, apresentou fator de proteção de 14%, no desenvolvimento de excesso de peso, e de 15%, da obesidade.
A pesquisadora Fernanda Serra Granado, da Faculdade de Medicina da UFMG, explica a importância do feijão para uma dieta equilibrada.
“O uso não regular do feijão, ou mesmo o seu não consumo, foi associado com a obesidade porque o indivíduo, quando consome o feijão, consome junto outros alimentos saudáveis, como o arroz, alguns vegetais, uma salada e mesmo uma carne, compondo um prato nutricionalmente equilibrado para o ganho de peso e para a saúde”, explica a pesquisadora.
A pesquisa aponta que quando o indivíduo deixa de comer o feijão, muito provavelmente ele acaba fazendo escolhas alimentares mais inadequadas e não saudáveis, que apresentam elevada quantidade de calorias, e por vezes, poucos nutrientes, e por esse motivo, essa substituição acaba levando ao ganho de peso da população adulta.
Pesquisa apontou uma redução no consumo do feijão
A previsão é que em 2025 o brasileiro deixe de comer o alimento de forma regular e tradicional, passando a consumir entre um e quatro dias na semana.
“Os motivos para a redução do consumo regular de feijão ao longo dos anos têm sido a sua substituição pelos alimentos industrializados, especialmente os ultraprocessados que, apesar de serem alimentos muito mais práticos, muito mais convenientes, diante da correria do nosso dia a dia, eles também apresentam uma elevada quantidade de caloria, eles não têm pouco ou quase nenhum valor nutritivo”, detalha a pesquisadora Fernanda.
A pesquisa utilizou dados de mais de 500 mil adultos, entre os anos de 2009 e 2019, acompanhados pelo Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.