O lixo produzido nas casas de Araraquara vai gerar energia elétrica. O Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR) de Guatapará, aterro sanitário particular a 54 quilômetros de distância, para onde a cidade envia diariamente 150 toneladas de lixo, está implementando uma usina de biogás que vai transformar o gás metano, liberado na decomposição do lixo, em energia elétrica que será distribuída pela rede e poderá ser comercializada.

Araraquara paga R$ 85 por tonelada de lixo transportado, o que dá R$ 4,59 milhões ao ano. Parte desse dinheiro será utilizado na manutenção do serviço e no projeto. O investimento do CGR é de quase R$ 40 milhões. Até o fim de 2013, os motores que devem gerar energia serão instalados, antecipando o projeto inicial em um ano. Ainda no segundo semestre deste ano, o objetivo é implantar a usina de tratamento dos gases, estrutura que já está sendo levantada.

O presidente do Centro, Mauro Picinato, diz que a usina será capaz de gerar 4 megawatts por hora no início, o que seria suficiente para abastecer uma cidade de até 10 mil habitantes. A Usina recebe 2,5 mil toneladas de lixo por dia, de uma população de 2 milhões de pessoas, distribuídas em vinte cidades. "O gás metano agride a camada de ozônio, além de ser 21 vezes mais poluente do que o gás carbônico. O processo de tratamento vai retirar esse gás, controlar toda a pressão para evitar perdas e fazer o processo de medição e controle, além da queima."

Tribuna Impressa