Ao longo do ano passado, os principais destaques positivos ao produtor paulista foram as quedas nos valores de fertilizantes, inseticidas, rações e suplementos. Já dentre os destaques negativos estão os medicamentos e vacinas, que registraram altas significativas em relação ao ano de 2022. Essa e outras informações de insumos pagos pelo produtor paulista constam no relatório elaborado pelo Departamento Econômico da FAESP disponibilizado ao final deste texto.
Dentre os fertilizantes, a ureia agrícola teve uma queda de 37,0% frente a 2022, sendo que em dezembro a cotação desse insumo caiu 10,2% frente a novembro. A retração dos valores ocorre após os fertilizantes terem alcançado patamares históricos em 2022, em decorrência do conflito entre Rússia e Ucrânia. Dentro de inseticidas, a redução para o produto altacor foi de 73,6%, reflexo da valorização do real frente ao dólar.
Apesar do preço da vacina ter registrado queda no último mês de dezembro, no fechamento do ano de 2023 o grupo “Medicamentos e vacinas” foi o que registrou os maiores aumentos: anti-inflamatórios (71,3%), cipermetrina (36,1%), hormônio (27,4%) e moxidectina (20,3%). Para “Rações e suplementos”, apesar das pequenas altas observadas em dezembro, o grupo registra forte redução nos preços em relação ao mesmo período de 2022. A queda acumulada no preço do sal proteinado e do concentrado de engorda é de -38,4% e -26,7%, respectivamente.
O grupo de “Máquinas, veículos e implementos” também encareceu a produção agropecuária: os tratores de roda ficaram 15,2% (180 a 259 cv) e 10,3% (101 a 179 cv) mais caros em 2023, fechando o mês de dezembro com preço unitário de R$ 740 mil e R$ 500 mil, respectivamente.
Fonte: FAESP