Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Lichias de Iacanga vão direto ao Ceasa de Bauru
Fruto é colhido próximo do natal

   A frutinha vermelha de casca dura, que está há alguns anos na mesa das festas natalinas do brasileiro, é a lichia. Doce e saborosa, ela tem produção regional. Em Iacanga (50 quilômetros de Bauru), José Carlos Pinheiro produz anualmente cerca de 15 mil quilos.

   A área plantada é de 19.800 metros quadrados e contém 220 pés. “Plantei em 2000, 220 pés com espaçamento 10 x 9. É uma cultura anual colhida próximo do Natal. É uma fruta que tem pouco tempo para colher. Se tiver muita concorrência, a gente acaba perdendo. A terra de Iacanga deu certo para esse tipo de cultura.”

    Para começar a produzir, o pé de lichia leva mais ou menos oito anos, explica o produtor. “O plantio exige cuidados. No segundo ano, após o plantio, se tiver uma estiagem muito longa é preciso oferecer água. O tempo de produção tem sido estudado por pesquisadores que tentam fazer com que a planta produza em menor tempo.” No Brasil, segundo Pinheiro, não há comprovação de quanto tempo a árvore produz.     “Temos plantas no País com mais de 20 anos que continuam produzindo. O problema dela é que a madeira é fraca e com o tempo é possível que os galhos quebrem com o peso das folhas e frutos.”

    A ferrugem é uma doença que costuma atacar o pé de lichia na nossa região, alerta o produtor. “Toda a minha produção é comercializada pelo Ceasa de Bauru. Já vendi direto para os supermercados. Semana que vem tenho que começar a colheita, caso contrário haverá perdas. Ela amadurece e tem que ser colhida rapidamente. Cortamos a fruta com galho para durar mais tempo.”  

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