A frutinha vermelha de casca dura, que está há alguns anos na mesa das festas natalinas do brasileiro, é a lichia. Doce e saborosa, ela tem produção regional. Em Iacanga (50 quilômetros de Bauru), José Carlos Pinheiro produz anualmente cerca de 15 mil quilos.
A área plantada é de 19.800 metros quadrados e contém 220 pés. “Plantei em 2000, 220 pés com espaçamento 10 x 9. É uma cultura anual colhida próximo do Natal. É uma fruta que tem pouco tempo para colher. Se tiver muita concorrência, a gente acaba perdendo. A terra de Iacanga deu certo para esse tipo de cultura.”
Para começar a produzir, o pé de lichia leva mais ou menos oito anos, explica o produtor. “O plantio exige cuidados. No segundo ano, após o plantio, se tiver uma estiagem muito longa é preciso oferecer água. O tempo de produção tem sido estudado por pesquisadores que tentam fazer com que a planta produza em menor tempo.” No Brasil, segundo Pinheiro, não há comprovação de quanto tempo a árvore produz. “Temos plantas no País com mais de 20 anos que continuam produzindo. O problema dela é que a madeira é fraca e com o tempo é possível que os galhos quebrem com o peso das folhas e frutos.”
A ferrugem é uma doença que costuma atacar o pé de lichia na nossa região, alerta o produtor. “Toda a minha produção é comercializada pelo Ceasa de Bauru. Já vendi direto para os supermercados. Semana que vem tenho que começar a colheita, caso contrário haverá perdas. Ela amadurece e tem que ser colhida rapidamente. Cortamos a fruta com galho para durar mais tempo.”