O Sindicato Rural de Ibitinga e Tabatinga, através de seu Presidente Sérgio Quinelato e Diretoria Executiva fala sobre matéria da FAESP sobre governança para a sucessão familiar no campo.
Dar aos produtores rurais as ferramentas necessárias para a continuidade do sucesso do campo ao longo das gerações. Essa tem sido a preocupação da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) nos eventos que tem desenvolvido ao longo de 2024. No último dia 20, a palestra sobre sucessão familiar com o presidente do Instituto de Gestão e Estudos da Tributação no Agronegócio e especialista em Direito Tributário Internacional pelo IBDT e membro do Comitê tributário da Sociedade Rural Brasileira, Gabriel Hercos, reforçou a necessidade do investimento em um planejamento para a sucessão no meio rural.
O planejamento patrimonial é essencial para a sucessão familiar no agronegócio, garantindo a continuidade das operações e a preservação do patrimônio ao longo das gerações. No agro, onde as propriedades rurais frequentemente representam o principal ativo de uma família, um planejamento cuidadoso ajuda a evitar conflitos, assegurando que todos os herdeiros compreendam e aceitem a divisão dos bens. Isso é particularmente importante em um setor onde a terra, equipamentos e recursos naturais têm um valor significativo e são fundamentais para a operação contínua das atividades agrícolas. A ausência de um planejamento sucessório pode resultar em divisões desiguais, perda de controle da propriedade e até mesmo a fragmentação da empresa familiar.
Além disso, o planejamento patrimonial permite a implementação de estratégias fiscais que minimizam o impacto de impostos sobre heranças e doações, preservando o capital da família. A estruturação adequada pode incluir a criação de holdings familiares, a definição clara de papéis e responsabilidades para os herdeiros e os sucessores, e a formação de acordos societários que assegurem a governança e a continuidade do negócio. Assim, o planejamento patrimonial não apenas protege os ativos da família, mas também garante a sustentabilidade e o crescimento do empreendimento agrícola nas mãos das futuras gerações.
“Planejar é mais barato que brigar. Não existe receita de bolo para os processos de sucessão patrimonial, pois cada família tem suas especificidades. A construção de uma transição exitosa vai depender muito da governança, da definição de regras claras durante esse processo e da identificação de quem é herdeiro e quem está preparado para ser sucessor”, frisou Hercos.
Para a diretora do Departamento Jurídico da Faesp, Ângela Gandra, a missão da Federação é exatamente levar aos produtores rurais todas as informações necessárias para que as melhores práticas sejam executadas. No caso da sucessão familiar, planejar e apresentar a perspectiva de inovação no campo são fundamentais para atrair e garantir a permanência das novas gerações no meio rural.
“Vamos sempre abrir espaço para palestras que ajudem os produtores a construírem um futuro melhor. Trabalhamos a questão da sustentabilidade, do direito e todos os assuntos que fazem parte do dia a dia do meio rural. Informação é a melhor ferramenta para a construção de um futuro melhor e palestras como essa nos oferecem as melhores estratégias para a continuidade da produção”, concluiu o presidente do sistema Faesp/Senar-SP, Tirso Meirelles.
Fonte: FAESP