Ibitinga, Terça, 26 de Novembro de 2024
Queda na produção de cana-de-açúcar
Números referentes a safra de cana-de-açúcar 2011/2012 apontam para a necessidade de mudanças significativas no setor sucroalcoleiro

  A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) fez um balanço no início de dezembro das atividades produtivas de 2011 e das perspectivas para 2012. Até outubro, a quantidade de cana-de-açúcar moída pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do Brasil, somou 459,56 milhões de toneladas, contra 501,23 milhões no mesmo período da safra anterior. No acumulado mensal, o recuo foi de 17,6%, com moagem de 46,43 milhões de toneladas em outubro, contra 56,35 milhões no mesmo mês de 2010. 

  Os canaviais envelhecidos e o clima árido, segundo representantes do setor, foram as principais causas da queda na produtividade. Um canavial produz, em média, 110 toneladas de cana por hectare até o quinto corte. Depois disso, a produtividade cai para algo em torno de 70 a 80 toneladas. Sem chuvas nos períodos de amadurecimento da planta, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de matéria-prima também ficou abaixo das expectativas. 

  Outro fator, apontado por produtores, que contribuiu para a quebra na safra foi a colheita mecanizada, que deve ficar entre 10% e 15%. A alegação é de que a falta de cuidados específicos e pressão para o cumprimento de metas, acarreta na danificação das soqueiras pelas colheitadeiras, o que prejudica o desenvolvimento das novas plantas.

Faltam políticas públicas

  Especialistas estimam que, até 2020, mais de 80% da frota brasileira seja de automóveis flex, mas segundo o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank, faltam políticas públicas de suporte ao etanol, que permitam mais competitividade com a gasolina. 

  Em janeiro de 2002, a participação dos impostos sobre o preço da gasolina na bomba era de 47%, hoje corresponde a 35%. “São Paulo deu o melhor exemplo, ao baixar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS) para 12%, enquanto em outros estados as reduções são tímidas”, analisa o presidente da entidade. 

  Jank defende, ainda, a expansão da bioeletricidade, gerada por meio da queima do bagaço de cana. “Temos nos canaviais o equivalente a três usinas de Belo Monte em energia limpa, o que proporcionaria uma redução de 46 milhões de toneladas de gás carbônico emitidos em um ano”, afirma.

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