Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Chuvas e temperatura elevam preços de hortifrútis em 20%
Maior alta foi a do chuchu, que está 216% mais caro em janeiro; variação de preços chega a 496% em Araraquara

As chuvas e as altas temperaturas do verão fizeram os preços dos hortifrútis (verduras, legumes e frutas) subirem, em média, 20,3% no atacado no último mês, em Araraquara, segundo dados da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Os produtos que apresentaram maior alta foram o chuchu (216%), a abobrinha (95%) e a batata (62,5%).

De 27 hortifrútis pesquisados, apenas quatro apresentaram queda: limão (60,5%), couve (12,5%), repolho (11%) e espinafre (9,5%) (veja quadro ao lado). Essas variações foram verificadas nos preços pagos aos produtores. Os produtos sofrem ainda uma quebra de cerca de 15% com a limpeza (seleção dos produtos feitas pela Ceagesp).

Segundo Mauri Seabra Cruz, gestor operacional do Ceagesp, fica difícil estimar o repasse do aumento ao consumidor, pois a composição dos preços das verduras e dos legumes ao público depende de fatores que fogem ao controle da entidade.

Pesquisa de preços feita pela reportagem nos principais varejões de Araraquara observou variações de preços em vários hortifrútis.

O produto com maior oscilação de preço foi a vagem, que podia ser encontrada por R$ 0,99 o quilo, no estabelecimento com melhor preço, e por R$ 5,90 no mais caro (496% de diferença). A menor variação foi da batata, com preços entre R$ 1,39 e R$ 1,59 o quilo (14%).

Acostumada

A dona de casa Neuza Daris Bonetti, 44 anos, diz que está acostumada com o aumento dos produtos da quitanda nesta época do ano, principalmente da batata, do limão e do tomate. "O que era possível comprar com R$ 15 não sai por menos de R$ 30 agora", diz.

Luis Silvério de Oliveira, aposentado de 69 anos, relata ter percebido um aumento "discreto" nos produtos que costuma comprar. "Não acho que subiu tanto."

Quebra de safra pode ser de 50%

Segundo o engenheiro agrônomo José Antonio Galbiatti, do Centro Universitário de Araraquara (Uniara), a quebra na produtividade das lavouras nesta época do ano pode chegar a 50% em algumas regiões. Ele explica que a umidade e as temperaturas mais altas favorecem o crescimento de fungos e bactérias nos vegetais.

Para piorar, a água das chuvas lava e dilui os defensivos agrícolas aplicados pelos produtores. "No caso das folhas, que ficam expostas ao impactos das gotas, as perdas podem ser ainda maiores", diz.

Com relação à variação de preços entre um local e outro, Galbiatti lembra que o consumidor deve pesquisar sempre, mas sem abrir mão da qualidade. "Alguns alimentos velhos saem mais baratos, e isso não é bom", alerta.

Substituição por produtos de mesma cor

A nutricionista Rita de Cássia Pereira sugere a substituição dos itens mais caros por outros de mesma cor, pois têm os mesmos nutrientes. "Troca-se abóbora por cenoura, por exemplo", exemplifica. Outra dica é evitar compras muito grandes, que podem estragar em casa. Comprar vegetais a cada dois dias é ideal, pois o produto é fresco e mais saboroso. Por último, ela sugere que se compre os produtos da época, que certamente estarão mais baratos.

fonte: Araraquara.com

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