Na última semana, o presidente do Sindicato Rural de Ibitinga e Tabatinga (SRI), Frauzo Ruiz Sanches, esteve em Brasília, no Ministério da Justiça, para um encontro com o ministro José Eduardo Cardoso e o secretário de Direito Econômico, Vinícius Marques de Carvalho com o intuito de debater os problemas enfrentados pelo setor citrícola.

  Também participaram desta reunião o presidente da Associtrus (Associação Brasileira dos Citricultores), Flávio Viegas, e outros representantes. Todos empenhados em pedir apoio para a resolução de problemas e agilidade no andamento da Operação Fanta e do Consecitrus.

  Entre os problemas enfrentados pelos citricultores (em destaque os pequenos e médios produtores independentes) abordados durante a reunião está a dificuldade de comercialização da laranja, pela concentração e verticalização da produção por parte das industrias que usam como moeda de troca nos momentos de negociação de preços, assim como a produção própria (30-40%) da indústria, que tem preferência de entrega em detrimento de terceiros.  “Por se tratar de um produto perecível, que uma vez maduro não pode esperar essa demora/preferência na colheita, os produtores independentes estão sofrendo muitas perdas e pressão nos preços.  Vendo suas frutas caírem dos pés, eles acabam entregando a qualquer preço para não perder tudo, portanto, essa verticalização distorce o livre mercado”, avalia Frauzo.

  Sensibilizados com as reivindicações do setor, que são de longa data, tanto o ministro quanto o secretário de defesa econômica, garantiram que vão buscar as melhores formas de ajudar.

  A participação do SRI na reunião teve por finalidade apresentar o problema com detalhes e informações de produtores, que ainda representam a maior área e região produtora de citros, pois é crescente o número de pequenos e médios produtores que estão abandonando a citricultura, desanimados com o ambiente de negócios desta importante atividade para a região, o estado e a nação.  

  “Somos o maior exportador mundial de suco, temos a melhor tecnologia e capital social para produzir.  Não podemos deixar isso se perder por um desequilíbrio de concorrência.  Nossa participação foi importante nessa reunião no sentido de levar o problema real de uma região bastante afetada por essa situação, que compreende os municípios de Ibitinga e Tabatinga, em destaque Tabatinga, pela grande quantidade de pequenos produtores”, explica o presidente do SRI.