Ibitinga, Domingo, 24 de Novembro de 2024
Infraero poderá operar aeroportos de outros países
A possível expansão seria na América Latina

  A Infraero pretende expandir sua atuação para outros países, em particular da América Latina, depois da recente privatização de três importantes aeroportos, informou neste sábado o presidente da estatal, Gustavo do Vale. 
  "A quebra do monopólio (da Infraero) vai nos fazer ser mais criativos. Vou ter que buscar mercado, e nós vamos atrás de mercado, seja aqui ou no exterior", disse Vale ao portal de notícias G1. 
O presidente da Infraero qualificou como uma "decisão estratégica" a intenção de prestar serviços como contratada para administrar um determinado aeroporto. Vale acredita que a estatal teria facilidades, por exemplo, em realizar negócios em outros países da América Latina. 
   "A Infraero tem expertise adquirido ao longo do tempo que ninguém (no Brasil) tem", ressaltou. 
O Governo privatizou na segunda-feira passada três dos principais aeroportos do país para poder acelerar os investimentos, atender a crescente demanda aérea e oferecer a infraestrutura necessária para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. 
    Os consórcios que adjudicaram as concessões para modernizar e tramitar por um período de 20 a 30 anos os aeroportos de Guarulhos e Campinas, em São Paulo, e o de Brasília ofereceram pelas licenças um total de R$ 24,535 bilhões, valor 347,9% superior ao mínimo exigido, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). 
    O aeroporto de Guarulhos, que atende à cidade de São Paulo e é o de maior movimento do Brasil, será administrado nos próximos 20 anos por um consórcio que tem entre seus sócios a sul-africana Airport Company South Africa, operadora de 11 aeroportos na África do Sul e um na Índia. 
    O terminal aéreo de Brasília será operada nos próximos 25 anos pelo mesmo consórcio que adquiriu em agosto do ano passado a concessão do aeroporto de Natal e que tem como sócio a argentina Corporación América, que opera aeroportos na Argentina, Equador, Peru e Itália. 
    Já o aeroporto de Campinas, grande terminal de carga a 90 quilômetros de São Paulo, terá como gerente durante 30 anos um consórcio cujo operador é o grupo francês Egis Airport Operation, que opera 11 aeroportos em diferentes países. 

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