Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Fundecitrus retira carbendazim da lista de defensivos PIC
O manejo este ano não deve ser afetado, pois a safra está no fim, mas as próximas pulverizações já devem ser feitas sem o defensivo

  Após um mês das primeiras notícias acerca da proibição da entrada de suco brasileiro nos EUA, por causa dos índices encontrados de resíduos de carbendazim, produto que não é registrado para a cultura de citros naquele país, o Comitê do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) foi convocado extraordinariamente e antecipou a atualização da lista PIC (Produção Integrada de Citros) excluindo o carbendazim e o tiofanato-metílico dos produtos autorizados para produção destinada à exportação.

  A medida pôde ser tomada pela existência de produtos e técnicas alternativas para substituição dos dois compostos. A orientação do Fundecitrus aos citricultores é para que suspenderem o uso desses fungicidas no combate à pinta preta e a podridão floral, substituindo-os por outros defensivos, como os à base de cobre e as estrobilurinas, além de reforçar as medidas de manejo do pomar.

  Para reduzir o impacto da mudança, o Fundecitrus deve reforçar junto ao produtor as orientações de estratégias de manejo envolvendo tratos culturais e tecnologias de aplicação de produtos, por meio de palestras, materiais de conscientização e atendimento de engenheiros nas propriedades, com o intuito de preparar o citricultor para a próxima safra.
   
  Segundo o presidente da entidade, Lourival Carmo Monaco, “a retirada do carbendazim do pomar não deve afetar significativamente o manejo este ano, pois a safra está no fim e a maioria das aplicações já foi realizada”, mas as próximas pulverizações com fungicidas devem ocorrer dentro das mudanças propostas.

  Diante das discussões acerca da proibição do EUA de uso de um produto autorizado pelo Ministério da Agricultura (MAPA), no Brasil, e pela Organização Mundial de Sáude (OMS) — dentro do limite de 1.000 ppb —, o presidente da Fundecitrus  disse que a suspensão do produto deve ser olhada como uma oportunidade para demonstrar a qualidade e a competência do setor produtivo brasileiro. “Para um agronegócio que depende da competitividade na exportação temos que ter a consciência de que o mercado seleciona seu fornecedor. Outros produtos já foram banidos da produção de citros anteriormente, sendo substituídos por outros mais eficientes ou para cumprir exigências sanitárias e de mercado. Temos que cuidar de manter nossa competitividade e qualidade, características que nos levaram a ser o maior exportador de suco concentrado”, afirmou.

  Fundecitrus – O Comitê Técnico - composto por representantes do setor produtivo, pesquisadores e técnicos – foi criado em 2011 para acompanhar os produtos usados na citricultura e, com base nas exigências dos mercados consumidores, estabelecer a lista de defensivos PIC (Produção Integrada de Citros).Esse trabalho de identificar os melhores compostos e os níveis de resíduos aceitos pelo mercado, respeitando a legislação fitossanitária do Brasil, é permanente.

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