Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Trabalhadores e Sindicalistas realizam manifestação contra fechamento da Citrovita

Os trabalhadores da Citrovita de Matão e região foram pegos de surpresa, na última semana, com o anúncio do fechamento da unidade naquele município.

De início, 111 funcionários foram demitidos e a expectativa é de que cerca de 200 fiquem sem emprego até a paralisação total das atividades, que será no mês de maio.

Ontem, os trabalhadores e sindicalistas do setor de Alimentação promoveram um manifesto nas ruas de Matão para mostrar a indignação em relação às demissões. De acordo com o Sindicato da Alimentação de Matão (Stiama), a empresa teria afirmado que não vai processar a safra de 2012/13, o que seria a causa das demissões.

Mas o sindicato e indústrias ainda enfrentam um impasse em relação às rescisões de contratos dos trabalhadores.

Segundo informações da Assessoria de Imprensa do Sindicato da Alimentação (Sinal) de Catanduva, o Stiama não aceitou a proposta de rescisão e fez uma série de reivindicações à empresa na última semana, incluindo pagamento de dois a vinte salários mínimos conforme o tempo de empresa do funcionário demitido e a extensão do pagamento do ticket de alimentação por um ano.

A passeata teve início no Sindicato e os trabalhadores seguiram até a fábrica da Citrosuco, a qual sofreu a fusão com a Citrovita.

José Roberto de Souza, vice-presidente do sindicato, afirma que a ideia foi conscientizar os trabalhadores que poderia haver demissões na unidade da Citrosuco, uma vez que as empresas estão unidas.

Ruas foram bloqueadas durante a manifestação. “A interrupção foi momentânea e não causou transtornos”.

PREJUÍZOS

Segundo o economista Jaime Vasconcelos, o fechamento da unidade de Matão representa o desligamento de 1,4% dos trabalhadores da indústria da cidade.

“Pode parecer pouco, mas não é, porque o período dessas demissões é muito pequeno e causa impacto para a economia local”.

A Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus) afirma que a fusão aprovada pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) é determinante no fim das operações.

Segundo o presidente da Associtrus, Flávio Viegas, a expectativa, para os próximos anos, é que o suco de laranja sofra uma desvalorização, devido à redução do setor industrial.

“Houve uma ampliação da safra no último ano e a indústria já não apresentava capacidade ideal para processar no mesmo ritmo, já que houve uma boa recuperação nos pomares”.

Fonte: O Regional

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