As solturas de alevinos de pacu (Piaractus mesopotamicus) realizadas pela AES Tietê em seus reservatórios – foram 16 milhões de alevinos em dez anos – contribuíram para que a espécie não seja mais considerada ameaçada de extinção no Estado de São Paulo. A decisão foi comunicada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente em forma de agradecimento pelo trabalho realizado pela empresa em seu Programa de Manejo Pesqueiro.
Esse reconhecimento oficial permitirá que a espécie volte a ser utilizada como recurso pesqueiro, já que a pesca do pacu foi proibida pelo Decreto Estadual 56.031/10. O peixe sempre foi apreciado por ter um bom desenvolvimento, alcança cerca de 70 cm de comprimento e pode pesar até 20 Kg.
No Programa de Manejo Pesqueiro também estão contemplados o curimbatá, lambari, piapara, piracanjuba, dourado e tabarana. “Pretendemos manter o pacu como uma das principais espécies reproduzidas nas nossas estações de aquicultura, mantendo assim sua frequência e captura em nossos reservatórios” afirmou o analista de Meio Ambiente da AES Tietê, Silvio Carlos Alves dos Santos. Segundo ele, o novo foco da empresa é a piracanjuba. “Intensificaremos o trabalho com a piracanjuba, que está entre as espécies em extinção na lista do Ibama.”
Repovoamento - De 1999 a 2011, quase 33 milhões de alevinos das sete espécies foram soltos ao longo dos rios Tietê, Pardo, Piracicaba, Grande e Mogi Guaçu, onde estão instaladas as usinas hidrelétricas que a AES Tietê opera no interior de São Paulo. O objetivo é preservar as espécies nativas de peixes e promover o equilíbrio do ecossistema. A soltura de alevinos também traz vantagens à pesca profissional e amadora, contribuindo para melhorar as condições das populações ribeirinhas.
Os alevinos são criados nas Estações de Hidrobiologia e Aquicultura das usinas de Barra Bonita e de Promissão. A AES Tietê faz ainda o monitoramento de espécies para avaliar a alimentação, reprodução e presença de alevinos em 35 tributários dos reservatórios operados pela companhia.
Além do manejo pesqueiro, a empresa desenvolve uma série de programas ambientais, entre eles o manejo da flora, com a produção de um milhão de mudas por ano no viveiro localizado na UHE Promissão, especialmente destinadas ao reflorestamento. O excedente dessa produção é doado às comunidades e prefeituras da região por meio do Programa de Fomento Florestal da empresa.