Pesquisadores do Departamento de Morfologia e Patologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) analisaram amostras das saladas que vêm embaladas, prontas para o consumo. Geralmente, as embalagens indicam que elas já passaram por algum processo de lavagem, porém, o resultado do teste encontrou diversos micro-organismos, como coliformes fecais, bactérias presentes nas fezes.
Foram analisadas 25 gramas de 12 tipos de saladas prontas, compradas em cinco supermercados diferentes. Diversos testes foram realizados durante uma semana. De uma maneira geral, todas as amostras apresentaram micro-organismos que podem fazer mal à saúde.
Em duas delas havia coliformes fecais. Em três, coliformes totais, que geralmente estão presentes em materiais orgânicos em processo de decomposição. Além disso, sete amostras apresentaram bactérias que se desenvolvem na temperatura do corpo, dando a oportunidade de se hospedarem no organismo humano.
Uma das pesquisadoras responsável pelas análises, Cristina Sousa, explicou que não importa o que a embalagem do produto diz, é sempre preciso lavar as saladas em casa. “O correto é que, na medida em que o consumidor adquira estas amostras, ele se preocupe principalmente com a saúde daquelas pessoas que são consideradas grupo de risco, ou seja, os mais jovens, os mais idosos e os que têm um sistema imunológico comprometido”, disse.
A pesquisadora disse ainda que a salada deve ficar de molho, na solução com uma colher de água sanitária para cada litro de água limpa e livre de micro-organismos por 15 minutos.
A dona de casa Georgina Vieira seguiu as orientações da pesquisadora e lava muito bem as folhas e verduras antes de servi-las. “Tem que cuidar da saúde de toda a família, né?”.
G1