Por causa de uma crise na segurança pública envolvendo os governos de Cristina Kirchner e da cidade de Buenos Aires, o prefeito da capital, Mauricio Macri, anunciou em abril (11/04) que vai contratar seguranças privados para atuar como polícia. Eles ficarão responsáveis por custodiar prédios públicos, hospitais e escolas.
A medida anunciada por Macri, presidenciável e principal opositor de Cristina, é uma resposta ao anúncio feito pela Casa Rosada, na semana passada, de retirar a Polícia Federal (controlada pelo governo Kirchner) da função de vigiar dos 114 prédios públicos de Buenos Aires, assim como escolas, parques e hospitais.
O argumento é que esse efetivo será usado, a partir de agora, na segurança das ruas.
Desde o final da última semana, como consequência da saída da Polícia Federal desses postos, muitos hospitais da cidade ficaram parados. Os funcionários, inclusive médicos, se recusaram a trabalhar sem segurança.
"Comprometemos com os médicos a colocar segurança privada em hospitais e centros médicos que não tiver custódia da Polícia Federal", afirmou Macri. Ainda segundo ele, outros segurança privados serão utilizados na cidade de acordo com a necessidade.
Na última sexta, integrantes dos dois governos se reuniram para tentar chegar a um acordo, sem sucesso. Trocaram acusações de politizar a segurança pública de Buenos Aires.
Para a Casa Rosada, a Polícia Metropolitana, controlada por Macri, deverá ficar responsável pela segurança dos prédios públicos. O prefeito, por sua vez, diz não contar com efetivo suficiente.
Integrante do PRO, Mauricio Macri é o pré-candidato à Presidência da oposição que melhor aparece nas pesquisas, atrás da presidente Cristina Kirchner, que ainda não anunciou se será candidata à reeleição.
Folha de São Paulo