Quase 22 mil pés de laranja foram arrancados no primeiro semestre deste ano em Araraquara por causa do greening (saiba sobre a doença ao lado). Isso é o que aponta o relatório divulgado nesta semana pela Secretaria de Estado da Agricultura.
Segundo o texto, 35% dos relatórios de Araraquara foram entregues e 2,1% dos pomares relativos a eles foram arrancados. Assim, Araraquara ficou entre os municípios que mais tiveram erradicações pela doença, atrás de Limeira (4,7%), Ribeirão Preto (3,8%) e Jaboticabal (2,4%).
Para Luciano de Aquino Melo, técnico do Escritório de Defesa Agropecuária de Araraquara, a quantidade é relevante, mas não indica necessariamente o aumento dos casos. "Pode indicar vários fatores, como a maior adesão do produtor ao programa de controle da doença ou erradicação de plantas que estavam infectadas e que, só recentemente, expressaram sintomas da doença." Ele diz que na regional, comparativamente, os dados permanecem como se houvesse um crescimento constante de erradicação de focos da doença.
O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) faz um levantamento anual, tanto em talhões quanto em plantas, e nos dois casos houve aumento do greening. Segundo o gerente técnico Cícero Massari, o clima também favorece a doença. "Trabalhos são feitos para saber o quanto pode interferir, mas o que se sabe é que a doença vai incidir, chegando a todo o estado de forma agressiva." (Com EPTV)
Doença atingiu a cidade pela primeira vez em 2004
O greening, diagnosticado pela primeira vez em Araraquara em 2004, é causado por uma bactéria. O sintoma inicial geralmente aparece em um ramo ou galho, que se destaca pela cor amarela em contraste com a coloração verde das folhas dos ramos não afetados.
As folhas ficam, então com coloração amarelo-pálida, com áreas de cor verde, formando manchas irregulares. Além disso, o fruto fica deformado e assimétrico. A parte branca da casca, em alguns casos, apresenta uma espessura maior que o normal.
Tribuna Impressa