Com a usina de biogás em funcionamento, o CGR (Centro de Gerenciamento de Resíduos) de Guatapará deve receber nos próximos dois meses, homologação de projeto pela ONU (Organização das Nações Unidas) e, assim, passa a ter o direito de comercialização dos créditos de carbono.

O presidente da CGR, Mauro Picinato, diz que no projeto de sete anos, cerca de 1,5 milhão de toneladas de gases poluentes deixarão de prejudicar o meio ambiente. "A empresa ganha um selo ambiental. Mais do que um evento econômico, [isso] nos coloca num patamar mundialmente reconhecido de um projeto de recuperação ambiental", afirma.

Todo o processo de construção e retirada dos gases da usina custou R$ 12 milhões. "Desde que elegíveis pela ONU, os créditos de carbono podem ser negociados com empresas, bancos, ou agentes intermediários", afirma.

Com o protocolo de Kyoto em vigor desde 2005, o carbono passou a ser moeda de troca para os países que aderiram ao protocolo.

Como funciona

O gás metano (CH4) é 21 vezes mais poluente do que o gás carbônico. A usina de biogás funciona com a retirada do gás metano do maciço do aterro. Com o controle de pressão, para evitar perdas, o gás é queimado nas torres incineradoras e liberado em flares livres de contaminantes ou gases que destroem a camada de ozônio.

Além dos créditos do carbono, a utilização do biogás também vai gerar energia elétrica, por meio dos gases retirados do aterro. O objetivo é que a geração de energia seja colocada em prática até o fim de 2013. Ainda no segundo semestre, os motores que vão realizar o processo de geração de energia devem ser instalados.

No início, a usina será capaz de gerar 4 megawatts por hora, o suficiente para abastecer uma cidade de até 10 mil habitantes. O pico de geração de energia será de 10 mwh, que daria para abastecer uma cidade de 25 mil habitantes.

A Cidade