Ibitinga, Segunda, 25 de Novembro de 2024
Cutrale anuncia diversificação e entra no mercado de grãos
Negociações já começaram com produtores de vários estados do País

A Cutrale anunciou alteração em seus negócios com a ampliação de suas atividades. A indústria, com mais de 40 anos de trabalho na fabricação de suco de laranja, agora investe em grãos, especificamente em soja e milho.

A empresa, segundo sua assessoria de imprensa, decidiu comercializar estas commodities "por seu grande potencial de crescimento e pela demanda cada vez maior apresentada por países asiáticos e de outras regiões do mundo." 

A Cutrale está investindo em plantações de soja e milho em Mato Grosso do Sul. Também há investimentos em uma trading, ou seja, uma empresa comercial que atua como intermediária entre fabricantes e compradores, em uma operação de exportação ou de importação. E o escoamento da produção é feito pelo terminal portuário da Cutrale no Guarujá/SP. 

"A Cutrale espera aplicar sua grande expertise no trading mundial de sucos ao segmento de grãos", diz o comunicado.

Competitividade

A empresa acrescenta ainda que desenvolveu ao longo de sua existência um sistema de produção baseado em tecnologia de ponta aplicada ao manejo agrícola, que proporciona baixo custo e competitividade, vantagens que irão alavancar os negócios de grãos.

A Cutrale já mantém uma estrutura de colaboradores que atuam na compra de grãos dos produtores nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Valores de investimento ou expectativa de lucros, no entanto, não foram divulgadas.

Especialistas em cítrus comentam mudanças

Para especialistas no mercado citrícola da região, a diversificação trazida pela Cutrale não tem ligação com a crise do mercado da laranja. "É normal grupos brasileiros diversificarem as operações dentro do agronegócio, pois este se mostra muito promissor ao Brasil nos próximos 20 anos. Foi assim com Sadia, Marfrig, JBS, Dreyfus e outros. Não tem relação com a situação de estagnação da citricultura, mas sim em aproveitar as oportunidades", comenta o professor Marcos Fava Neves, da Faculdade de Economia e Administração da USP de Ribeirão Preto (FEA-RP).

"Isso abre mais chance de negócio à Cutrale. O mercado citrícola só está mal para o produtor, que tem tido custos altos demais", conclui Leandro Fukuda, presidente do Grupo Técnico de Assessoria e Consultoria em Citrus (GTACC).

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