Vereadores eleitos e reeleitos de diversas cidades da região posicionaram-se contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 35/2012, que sugere, entre outras medidas, o fim do pagamento de salários para os legisladores de cidades com até 50 mil habitantes — 89,47% dos municípios brasileiros, de acordo com dados do Senado Federal.
Reeleita para compor uma das 13 cadeiras da Câmara Municipal de Américo, Edna de Cássia Nascimento (PTB) — que também atua como médica — discorda da proposta.
"Trabalho bastante pelo município, então, acredito que mereço ser remunerada", justifica a petebista, que em 2013 passará a receber R$ 4.375 mensais. O vereador José Santos Oliveira (PSDB), de Nova Europa, que garantiu sua reeleição no último dia 7, acredita que o atual salário pago para o cargo no município — cerca de R$ 1,7 mil — é "muito pouco".
"Quem quer ser vereador para trabalhar de graça?", questiona Oliveira. José Agnaldo dos Santos (PT), atual presidente da Mesa de Motuca e também vereador reeleito, afirma que não tem como exercer a atividade sem ser remunerado. Mesmo assim, ele critica a postura de colegas. "Hoje, há muitos [políticos] que se candidatam só pelo salário."
Rafael Aparecido Buschiero (PRB) — um dos vereadores eleitos em Tabatinga — e Rodrigo Catelani (PCdoB), presidente da Câmara Municipal de Santa Lúcia e vereador reeleito, preferiram não opinar sobre o assunto. A PEC, de autoria do senador Cyro Miranda (PSDB-GO), ainda passa por análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC).
Para Agnaldo dos Santos (PT), na foto, presidente da Câmara de Motuca, remuneração é insuficiente.
Tribuna Impressa