O vereador Paulinho Galizé (PT), de Gavião Peixoto (SP), foi preso na noite de segunda-feira (18) por suspeita de agredir a esposa. O coordenador regional do Partido dos Trabalhadores (PT), André Agatte, afirmou que, caso a agressão seja confirmada, o parlamentar poderá ser expulso do partido.
Segundo informações da Polícia Militar, o crime de violência contra a mulher aconteceu dentro do estabelecimento comercial do vereador, localizado no centro da cidade. O parlamentar foi detido e não pagou a fiança no valor de R$ 5,9 mil, por isso foi preso e encaminhado para a Cadeia de São Carlos.
Para o coordenador regional do PT, o fato é extremamente grave e tem implicações com relação ao partido. "Um processo na comissão de ética deve ser aberto para apurar os fatos e se caracterizar que houve agressão mesmo, o encaminhamento será pela expulsão”, antecipou.
Agatte lembrou que a Lei Maria da Penha foi sancionada pelo governo do PT e que, portanto, esse tipo de comportamento não cabe para um agente político do PT. “Nós não podemos contemporizar com essa violência, sendo que a gente tem um combate amplo e expresso da violência contra a mulher”, justificou.
Legislativo
O presidente da Câmara dos Vereadores de Gavião Peixoto, Joel Ribeiro da Silva (PRB), disse não ter recebido nenhuma comunicação oficial sobre a prisão do vereador. “Eu soube porque vi no noticiário e liguei para a PM para checar se o fato realmente tinha acontecido”, explicou.
Silva afirmou que é preciso cautela para analisar a situação, já que o ato não possui nenhuma relação com a Câmara e nem com as funções de parlamentar do vereador Galizé. “Vamos aguardar a decisão da Justiça e analisar o teor do processo para depois nos manifestar a respeito e decidir se alguma providência será tomada”, informou Silva.
Outro lado
O advogado e familiares de Paulinho Galizé foram procurados para comentar o assunto, mas não foram localizados. O presidente do PT em Gavião Peixoto, Joel José Ferreira, disse que vai tentar falar com o vereador nesta terça-feira (19), mas que só poderá se manifestar sobre o assunto após as 19h.